Senador é contra concessão de serviço, mas não exige posicionamento da bancada do partido
Pedro Taques diz que não irá "encabrestar" vereadores
O senador Pedro Taques (PDT) disse ontem (7), durante o programa "Ponto de Vista", ancorado pelo jornalista Onofre Júnior, na TV Cuiabá (Rede TV!/47), que não irá "encabrestar" vereadores do PDT. "Sou contra a privatização da Sanecap, mas não posso obrigar os parlamentares do meu partido a se posicionarem como eu. Aí, seria uma incoerência com a minha postura no Senado", argumentou o parlamentar.
Há um mês, a Prefeitura de Cuiabá enviou um projeto de lei à Câmara autorizando o Executiva a licitar uma empresa, sob regime de concessão, para administrar o sistema de água e esgoto na Capital.
A afirmação do pedetista foi uma reação à pergunta de um telespectador que participou do programa e criticou a posição dos vereadores do PDT de Cuiabá, que estariam sendo coniventes com o prefeito Chico Galindo (PTB).
Adevair Cabral (PD T) foi favorável à criação da agência reguladora, que vem sendo encarada como um passo para a privatização. Enquanto isso, o vereador Toninho de Souza (PDT) votou a favor e, posteriormente, retirou sua assinatura.
Para Pedro Taques, enquadrar os vereadores seria uma incoerência, já que, segundo ele, não houve pressão da direção nacional do PDT para retirar assinatura da pretensa CPI para investigar corrupção no Ministério dos Transportes e DNIT.
O senador lembrou que não só assinou a CPI dos Transportes, como apresentou requerimentos para que o ex-ministro Alfredo Nascimento e o ex-diretor do DNIT, Luiz Antônio Pagot, se explicassem no Senado; e para que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria na pasta.
O pedetista também citou que assinou o requerimento para a abertura da CPI para investigar a evolução patrimonial do ex-ministro Antônio Palloci, e votou contra as Medidas provisórias do salário-mínimo e do trem-bala.
"Para mim, pressão só serve para transformar carvão em diamante", finalizou, garantindo que não sofreu retaliações por ter adotado uma postura de independência no Senado.
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