Dilma pede mais participação de emergentes no debate sobre crise
A presidente Dilma Rousseff cobrou nesta segunda-feira maior participação dos países emergentes na busca por uma solução para a crise econômica internacional.
"Precisamos incorporar a voz e os pontos de vista de um número maior de países emergentes e países desenvolvidos no enfrentamento da crise global. Temos de nos coordenar multilateralmente contra as depreciações cambiais competitivas que anulam os esforços empreendidos pelos países em desenvolvimento", afirmou a presidente em almoço oferecido à comitiva do primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, no Itamaraty.
Dilma disse que os efeitos "cada vez mais graves" da crise afetam a todos, mas afirmou que aqueles que se protegeram contra a crise não podem servir de escoadouro dos países mais atingidos.
"Os países que se protegeram dos efeitos da crise com políticas econômicas prudentes, e no caso brasileiro socialmente inclusivas, que levaram ao desenvolvimento acelerado, não podem ser escoadouros para os bens e serviços que deixam de ser consumidos nas potências econômicas em crise", disse.
No discurso, a presidente afirmou que repudia todas as "soluções recessivas" para a crise, o que poderia contribuir para aumentar o custo social e afetar a oferta de empregos. "Buscamos o desenvolvimento sustentado, fiscalmente equilibrado e robusto, democrático, justo."
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