O uso desordenado de defensivos agrícolas nas lavouras tem inviabilizado o consumo da água de diversos rios ligados à Bacia do Paranaíba. Esta foi a conclusão da primeira audiência pública sobre o Plano Hidrográfico destinado a área, realizada na segunda-feira, em Brasília. Outras audiências estão previstas em estados na qual a bacia se localiza.
Os principais problemas apontados durante a reunião foram a influência predatória da exploração agrícola nas margens da Bacia, sobretudo no que diz respeito ao plantio de cana-de-açúcar, que apresenta lavouras em expansão. Também foi levantado o desencontro entre ações de uso dos recursos hídricos e o uso do solo.
Segundo o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba, professor Paulo Sérgio Almeida Salles, o assunto interessa a 9,5 milhões de pessoas, que vivem na região do Paranaíba e seus afluentes, o que totaliza uma área de 220 mil km. O professor afirmou que as nove consultas públicas vão resultar em um diagnóstico sensível, para elaboração de propostas alternativas para o desenvolvimento na Bacia, com o uso racional da água.
Participarão das reuniões representantes do governo, da sociedade civil e de segmentos econômicos que atuam na área. Os encontros serão realizados em cidades de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, estados por onde o rio passa. O objetivo é discutir o impacto ambiental provocado, principalmente, pelas atividades econômicas na área da bacia.
Com informações da Agência Brasil.
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