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Política
Quarta - 10 de Agosto de 2011 às 14:01
Por: Ronaldo Couto/Alline Marques

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O advogado e ex-procurador da Prefeitura de Novo Santo Antônio (1.200 km de Cuiabá), Acácio Alves Souza, está foragido desde o dia 6 de agosto, quando foi decretada a prisão temporária  sob acusação de ser o mandante do assassinato do prefeito Valdemir Antônio da Silval (PMDB), Quatro Olhos, executado com três tiros no dia 23 de julho. Acácio prometeu se apresentar à polícia junto com seus advogados logo após saber do mandado, mas sumiu da cidade.  

O fato foi divulgado durante coletiva na manhã desta quarta-feira (10), pela cúpula da Secretaria de Estado de Segurança Pública, com a presença dos delegados responsáveis pela elucidação do crime, Ronan Gomes Vilar e Wilinei Santana Borges.

A informação é que Acácio trabalhou por dois anos como procurador na prefeitura e depois brigou com Quatro Olhos e passou a se relacionar com o grupo de oposição do peemedebista. Na cidade o comentário era que Acácio reclamava que tinha dinheiro para receber do prefeito assassinado.

Segundo a polícia, os executores Luciano e Magrão teriam uma forte ligação com ex-procurador que surgiu no último mês. Há informações de que Açacio já teria até transportando os bandidos em sua caminhonete e pescado em uma chácara na região. Além disso, um dia antes do crime ambos se hospedaram na casa da tia de Luciano, em Novo Santo Antônio e teriam esquecido uma bolsa no local. No dia seguinte do crime, o advogado foi até a residência da mulher para buscar a bolsa do acusado, que já confessou o crime, mas não revelou o mandante.

Acácio que ficou dois anos assessorando o prefeito, virou oposição em janeiro. Outro motivo que leva a policia a desconfiar dele é que em janeiro também,  o ex-procurador teve a sua caminhonete alvejada. Ele atribuía esse fato como tentativa de homicídio orquestrada pelo Quatro Olhos.

Depois do ocorrido, Acácio registrou três boletins de ocorrência informando estar sendo ameaçado e chegou a dizer que tinha informação de que Quatro Olho estaria contratando pistoleiros para matá-lo. Sendo assim, ele teria resolvido executar o adversário.

Há informações que pode estar no Rio de Janeiro onde já trabalhou como coordenador da Cruz Vermelha. Wiliney não descarta o envolvimento de mais pessoas inclusive do grupo de oposição a Quatro Olhos. A família do prefeito suspeita de envolvimento do vice empossado prefeito Geraldo Freitas (PTB) e do ex-prefeito João Mara que assumiu a secretaria de Saúde. Um dos atos do novo prefeito foi à demissão da viúva Raimunda Noleto.

Apesar dos mandados de prisão e da certeza do delegado do envolvimento de Luciano e Magrão no crime, a investigação ainda continua para reunir mais elementos e provas sobre a participação de Acácio e ainda sobre a possibilidade de outros envolvidos.

O crime foi elucidado com a prisão Luciano Vieira, 31, preso no domingo (7) em Bom Jesus do Araguaia (983 km ao Nordeste de Cuiabá) que informou ter sido convidado por Alexandre Silveira Barbosa, 35, o Magrão, para executar o prefeito devido uma rixa entre o comparsa e Quatro Olhos.

Esse último foi preso na segunda-feira (8) em Nova Xavantina. Inicialmente Luciano falou que Alexandre teria rixa com o prefeito. Todavia Alexandre comprou móveis para casa e inclusive uma moto Twister vermelha o que levantou a suspeita da polícia.
 






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