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Política
Quinta - 11 de Agosto de 2011 às 19:28

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Em encontro nesta quinta-feira com deputados e senadores que vão criar um grupo anticorrupção no Congresso, o ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) disse que instaurou sindicâncias para apurar irregularidades em três ministérios e órgãos onde há denúncias de corrupção no governo federal.

Hage afirmou, segundo relatos dos parlamentares, que as investigações devem ser concluídas em mais de três meses.

"Ele tem auditores em todos os ministérios envolvidos em corrupção. Disse que até mesmo a operação [Voucher] da Polícia Federal no Ministério do Turismo contou com as investigações da CGU", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Oito deputados e senadores se reuniram com Hage e prometeram acompanhar as ações de todos os órgãos da República envolvidos nas investigações. O grupo promete reunir deputados e senadores tanto da base de apoio da presidente Dilma Rousseff quanto da oposição, numa ação suprapartidária.

Os parlamentares sugeriram a Hage abrir mão das emendas individuais que recebem no Congresso para repassá-las à CGU - para auxiliar no combate à corrupção dentro do governo. "A CGU é um órgão com Orçamento anual de R$ 62 milhões, enquanto o Dnit tem R$ 12 bilhões e a Vale, R$ 4 bilhões", disse o senador Pedro Taques (PDT-MT).

Os parlamentares também prometeram colocar em votação, na Câmara e no Senado, projetos que priorizem o combate à corrupção. "Vamos acelerar esses projetos. Está se criando uma cultura conformista de que manda investigar, mas a gente quer fazer um acompanhamento das investigações", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

ALGEMAS

No encontro com Hage, os deputados e senadores saíram em defesa da operação da Polícia Federal que desmontou um esquema de fraudes no Ministério do Turismo --inclusive com a prisão do secretário-executivo da pasta, Frederico Costa.

"O problema não é o uso de algema, mas de corrupção. No caso da corrupção, a algema é até didática", disse Randolfe. Taques fez críticas a autoridades que condenaram o uso de algemas na Operação Voucher ao afirmar que, quando os presos são "pessoas desconhecidas", não há mobilização do poder público contra o uso das algemas.
 






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