Em alguns deles, os serviços já estavam paralisados desde a última semana. Mato Grosso conta atualmente com 11 campi. Como o prazo legal para início da paralisação é de 72 horas, profissionais do instituto que nesta semana aderiram ao movimento vão interromper os trabalhos a partir da segunda-feira (15). É o caso Cuiabá, Campo Novo do Parecis, Pontes e Lacerda, de acordo com o sindicato.
No estado são mais de dois mil servidores lotados entre os diferentes campi. A categoria cobra reposição salarial de 14%, além de reestruturação da carreira. No entanto, segundo o sindicato, a categoria vem negociando com o Governo Federal, mas a União já sinalizou a indisponibilidade financeira para atender o pleito.
A presidente do sindicato, Alenir Ferreira da Silva, diz que as negociações junto à União vêm ocorrendo desde o começo do ano. Segundo ela, em fevereiro a instituição protocolou junto aos Ministérios do Planejamento (MPOG) e Educação (MEC), a pauta com os pedidos.
"O documento foi protocolado em 10 de maio e desde lá não tivemos respostas. O único meio de luta para o governo entenda a classe realmente é a greve, já que tentamos todas as formas legais", explicou, em entrevista ao G1.
Segundo a sindicalista, apesar de as aulas serem interrompidas, alunos não serão prejudicados. O salário-base para um professor do Instituto Federal em Mato Grosso, em início de carreira, varia entre R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil. No estado são mais de dois mil servidores lotados entre os diferentes campi.
O estudante Hullean Oliveira Firmino, de 17 anos, cursa o terceiro ano do Ensino Médio no campus de São Vicente, na BR-364, aliado ao curso de técnico em agropecuária. Para ele, a preocupação está em concluir os estudos em tempo hábil. "Se não terminarmos vamos perder o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros concursos das instituições de ensino”, frisou.
Contudo, os estudantes pedem agilidade. "Não há movimentação e enquanto isso continuamos com a greve. Eu acredito que ela foi necessária para que o governo fizesse alguma coisa, mas está prejudicando todos nós", acrescentou.
O sindicato não dispõe de uma estatística que mostre o número de estudantes que ficarão sem aulas em Mato Grosso devido à paralisação dos trabalhos.
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