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Polícia
Quinta - 24 de Outubro de 2013 às 21:21

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 O advogado de defesa do Comendador, João Arcanjo Ribeiro, Zaid Arbid, fez a sustentação oral durante julgamento nesta quinta-feira (24), e classificou como “armação” a prisão de Arcanjo, que está preso há 10 anos. Para o advogado, não há provas que condenem Arcanjo como o mandante do assassinato do empresário Sávio Brandão.
 
“Tentei buscar na mitologia grega e no folclore brasileiro e não encontrei nenhuma imagem igual a que foi construída nesse processo. Nos folclores se acha até mula sem cabeça, mas nesse processo, tem uma cabeça sem corpo”, disse.
 
Zaid afirma que “este processo tem uma cabeça, mas falta o pescoço”, disse ele, referindo-se que no processo existe um executor, mas não existe um mandante, porque, segundo ele, Arcanjo é inocente.
 
“Agora vem o Ministério Público (MP) dizer que a defesa negou, insistiu e foi leviana em querer depois de quatro depoimentos de Hércules e Agostinho em arrolados como testemunhas?”, indignou-se ao responder em seguida que essa foi a saída encontrada para ir em busca de verdade e enfrentar os argumentos do MP.
 
O advogado também garantiu que não intimou Hércules à ir ao seu escritório, e sim diante do juiz. “Porque o MP não o trouxe aqui para dizer? Porque tem medo da verdade, e o que vamos dizer aqui é somente a verdade”, explicou.
 
Em defesa de Arcanjo, Zaid disse que no primeiro depoimento prestado por Hércules, o cabo que executou Sávio, “não sabia de nada”. “Digilência espuria malvada, feita lá em machadinho contra família de Hércules para que entregassem ele", citou.
 
Ao prosseguir, Zaid garante que que Arcanjo está preso há 10 anos por armação, barganha, negociata. “A família de Sávio merece a verdade. Trouxe outros elementos, mas o MP não quis ir em busca da verdade, como os madereiros do nortão e dos presidiários do Ceará que ligavam na Folha do Estado”, argumentou.
 
“A cabeça dele foi decaptada, retirada dele no dia 2 de dezembro de 2002 quando a imprensa o condenou”, argumento ele. “Tudo é armação, tudo é encenação. O pescoço faltante é as faltas de provas contra o João Arcanjo Ribeiro”, sustenta a defesa.
 
"Só existem delírios acusatórios. E mesmo assim atribuíram a paternidade do crime a ele [Arcanjo]". O advogado também alega que a imprensa, vários veículos, jornais e TV condenaram Arcanjo lá atrás há 10 anos, mesmo sem provas. Depois disso, só precisava oficializar essa condenação, por isso, 9 meses depois judicializou o fato e criou-se um inquérito fantasioso e mentiroso.
 
O advogado também garante que Hércules e Célio mentiram e foram acuados a fazer isso. Familiares de Hércules foram torturados em Machadinho (Rondônia) para entregarem ele à Polícia Civil.





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