Magazine Luiza converte lojas do Baú e reduz crédito
A rede Magazine Luiza concluiu o plano de avaliação das 121 lojas do Baú da Felicidade, adquiridas em junho.
O Magazine informou em teleconferência nesta sexta-feira que acabará com a bandeira Baú da Felicidade em 2012. Das 121 lojas do Baú, 12 serão fechadas e quatro, vizinhas do Magazine, incorporadas com reformas.
"É um número menor do prevíamos", afirmou Frederico Trajano, diretor-executivo de marketing e vendas da rede.
Outras 35 unidades da antiga rede de Silvio Santos passarão a funcionar no modelo de loja virtual --estabelecimentos de até 300 metros quadrados sem estoques físicos-- do Magazine Luiza em outubro. "As lojas virtuais registram o dobro das vendas das convencionais", disse Trajano.
As outras 70 lojas do Baú serão mantidas sob essa bandeira até janeiro de 2012, quando adotarão o nome do Magazine Luiza.
A marca Baú deverá desaparecer após essa mudança.
Essa movimentação ocorre ao mesmo tempo em que a varejista dá outros passos de integração da Lojas Maia, adquirida em 2010.
Dados do balanço financeiro publicados ontem mostram melhorias nos indicadores de rentabilidade da Lojas Maia. No entanto, em termos de prejuízo, a Maia ainda acumula leve perda de R$ 400 mil de abril a junho de 2011 e a receita líquida da rede no intervalo atingiu R$ 186,4 milhões.
No segundo trimestre, o lucro líquido da Magazine Luiza atingiu R$ 4,6 milhões versus R$ 15,9 milhões, uma queda de 71,9%.
As vendas pela internet da segunda maior varejista do país cresceram 48,8% no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2010, com receitas de R$ 356 milhões.
CRÉDITO
O receio com a inadimplência levou a rede a diminuir a aprovação de empréstimos em 13% e aumentar sua provisão (recursos utilizados no caso de falta de pagamento).
"Nós não percebemos aumento da inadimplência, mas decidimos adotar essa política ainda mais conservadora em linha com as provisões adicionais feitas pelo Itaú Unibanco [sua financeira parceira] em suas operações", afirmou Marcelo Silva, diretor superintendente da rede. A empresa diz que essa postura deve se manter ao longo do ano.
Além disso, o Magazine Luiza informa que não percebeu desaceleração das vendas neste ano e não deve mudar a forma como tem operado, "a não ser que a situação mude, já que ainda ninguém sabe ao certo o que vai acontecer lá fora", afirmou o executivo.
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