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Política
Sábado - 13 de Agosto de 2011 às 11:35

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar na sexta-feira (12) a ação da Polícia Federal nas prisões da Operação Voucher. Ele disse que alguém com documentos e endereço conhecidos não deveria ser preso como "um bandido qualquer".

"Não é aceitável que uma pessoa que tem endereço fixo, RG e CPF seja presa como se fosse um bandido qualquer e algemada como se estivesse participando de uma exposição pública", afirmou.

Jorge Araújo-12.ago.2011/Folhapress
Ex presidente Luiz Inpacio Lula da Silva e Fernando Hadad durante leitura de livros para crianças em São Bernardo
Ex presidente Luiz Inpacio Lula da Silva e Fernando Hadad durante leitura de livros para crianças em São Bernardo

Lula fez a ressalva de que a PF é uma instituição respeitável, que não deveria ser condenada por "excessos" de alguns policiais, e disse que todas as suspeitas têm de ser investigadas com rigor.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que foi ministra do Turismo no governo Lula, disse que o ex-secretário-executivo, Mário Moysés, "sempre foi uma pessoa muito correta", mas evitou defendê-lo por atos após sua saída da Esplanada.

"Depois de maio de 2008, não posso falar. Saí em maio de 2008 e fui fazer uma campanha. Não fiquei com nenhuma ligação com o ministério", afirmou Marta.

Ela disse ainda que a prisão do ex-assessor não vai atrapalhar sua postulação a uma nova candidatura à Prefeitura de São Paulo.

"Fico completamente ultrajada de ter sido colocada nisso. Não tenho nada com isso", disse a senadora ontem à noite, na Vila Formosa, onde participou de caravana do PT com os pré-candidatos do partido à prefeitura.

Questionada sobre a operação da PF a e a divulgação de fotos dos presos na Operação Voucher, Marta disse: "Fico me perguntando por que estão fazendo isso com as pessoas sem que haja provas. E se num segundo momento ficar provado que são inocentes, o que vão fazer?""

O ministro Fernando Haddad (Educação), que participou com Lula da Feira Literária de São Bernardo, saiu em defesa de Marta, com quem disputa a chapa do PT à Prefeitura de São Paulo em 2012.

Ele disse que a prisão do ex-presidente da Embratur Mário Moyses, que assessorou Marta no Ministério do Turismo, não prejudica a pré-candidatura da rival.

"Ela deixou o ministério há quanto tempo? Você responde pela sua gestão. Além do que, existe o direito de a pessoa se defender das acusações", afirmou Haddad, que evitou responder às críticas recentes da adversária.






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