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Pagamento em espécie da emissão externa soma US$ 1,55 bilhão
A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira (24) que US$ 1,55 bilhão, da emissão de títulos da dívida externa fechada na véspera, foram pagos com recursos em espécie (em dinheiro). Outros R$ 1,7 bilhão foram pagos com títulos antigos do governo brasileiro.
A operação totalizou US$ 3,2 bilhões nos mercados norte-americano e europeu. Além disso, foram emitidos mais US$ 50 milhões no mercado asiático, informou o Tesouro Nacional. Os títulos, denominados em dólar, têm vencimento previsto para 2025.
Maior juro em três anos
A taxa de retorno ao investidor, ou seja, quanto o governo brasileiro pagará em taxas de juros para os detentores dos papéis, ficou em 4,3% ao ano. Esse foi o maior valor para títulos com prazo de dez anos, que é a melhor comparação possível, segundo o próprio Tesouro Nacional, desde julho de 2010 - ou seja, em mais de três anos. Naquele momento, os juros ficaram em 4,5% ao ano.
Já o spread da captação externa brasileira, que é a diferença entre os juros pagos pelos Estados Unidos nos T-bonds, ficou em 180 pontos base. Esse é o maior valor, também para papéis com prazo de dez anos, desde maio de 2009 - quando o spread ficou em 252 pontos base acima dos títulos norte-americanos.
Referência para empresas
Nas emissões da dívida externa do país, que não podem ser adquiridas por investidores nacionais, o governo capta recursos no mercado externo, mas tem por objetivo principal proporcionar referência para o mercado privado brasileiro em termos de taxas de juros.
Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto teriam de pagar para fazer captações de recursos no mercado internacional. Ou seja, servem como referência em termos de taxas de juros. As captações também geram aumento da dívida externa brasileira.
Como funciona
Nas emissões de títulos da dívida pública no mercado externo, os investidores estrangeiros "compram" os papéis e pagam em dólar, ou, no caso desta operação, em títulos antigos do governo brasileiro. Na data do resgate, recebem o equivalente ao emitido no momento da captação. No meio termo, ou no fim do contrato, recebem juros.
O processo de lançar bônus no mercado internacional funciona como um leilão. Os investidores fazem sua proposta ao governo brasileiro, informando a taxa de juros e a quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro Nacional as aceita ou não.
Operação de recompra
O Tesouro Nacional também informou nesta quinta-feira que a operação de recompra de títulos antigos, ou seja, de investidores que desejavam se desfazer da aplicação, somou US$ 500 milhões. O governo brasileiro pagará em espécie a estes investidores. Os papéis da dívida externa brasileira recomprados têm vencimento entre 2017 e 2030.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/5722/visualizar/
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