SUS não pode depender de quem ocupa a pasta, diz ex-secretário
Embora tenha pedido pra deixar o cargo, o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Maurélio Ribeiro culpa o troca-troca no comando da pasta pelas dificuldades que o setor enfrenta na Capital.
Para ele, a secretaria precisa de metas e planos a serem seguidos, além de um fortalecimento das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS).
"O SUS não pode ficar a mercê deste ou daquele que ocupar o cargo", avalia.
As medidas, segundo Maurélio, seriam uma forma de obter resultados mais efetivos, visto que a maior parte das ações da pasta são ligadas ao trabalho do Ministério da Saúde e, por isso, demandariam um prazo mínimo para que os resultados apareçam.
"Se não houver continuidade não tem como funcionar", reclama. O problema é que desde que o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) assumiu o Alencastro, oito secretários passaram pela pasta.
O mais recente entre eles, Pires tem sido alvo de críticas dos vereadores desde que assumiu. Para Maurélio, o embate é fruto de uma divergência de opiniões e deve ser visto com naturalidade. "Quando se assume um cargo com a complexidade deste, não há como agradar a todos", defende. O ex-secretário ainda completa que os cerca de cinco meses que Pires tem à frente da secretaria ainda não foram suficientes para se interirar completamente da situação e começar a tomar iniciativas. "Ele é o oitavo secretário, é lógico que vai sofrer", avalia.
A maior parte das críticas em torno de Pires ocorre por ele ser natural de Presidente Prudente e não ter uma residência fixa em Cuiabá. Os comentários tiveram início assim que o prefeito Chico Galindo (PTB) o escolheu e voltaram a ganhar destaque com o retorno do vereador Clovito Hugueney (PTB) à Câmara. Após um longo período afastado por uma licença médica, o parlamentar subiu na tribuna para chamar Pires de "turista" e cobrar que ações sem tomadas à frente da pasta.
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