Acusado de homicídio, sargento continua preso em hospital
Preso em flagrante acusado de matar o namorado da ex-esposa, o sargento PM João Bosco, 47, continua internado no Hospital Regional de Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá) vigiado por uma guarnição policial. Ele, após executar Luiz Cláudio Gomes Pereira dos Santos, 23, com um tiro na cabeça, foi atingido por 2 golpes de faca, um desferido por seu enteado de 14 anos filho de um relacionamento anterior ao seu, mas o segundo golpe, no abdome, continua sem autoria, uma vez que o adolescente afirmou em depoimento que desferiu apenas a facada no ombro.
Bosco já havia sido preso há 60 dias por ameaçar a ex-mulher após descobrir que ela pretendia fugir com o Luiz. Ele ficou preso durante 40 dias e saiu devido alvará de soltura conseguido há poucos dias. “Eu mesmo que o prendi, após o Ministério Público representar por sua prisão, a Justiça aceitar”, conta o delegado de Primavera do Leste (231 Km ao sul de Cuiabá), Rafael Sippel Fossari, que preside o inquérito, por ser também o responsável pela comarca de Poxoréu, onde ocorreu o crime, situada há cerca de 40 quilômetros de Primavera.
A vítima foi morta na frente do pai e da mãe, exatamente no dia dos pais, quando o sargento que não aceitava o fim do relacionamento ocorrido há cerca de 8 meses, foi até o local e atirou na cabeça de Leandro, que chegou a ser levado para o hospital municipal de Poxoréu, mas morreu pouco tempo depois. Os pais de Leandro imobilizaram o sargento que no meio da confusão, foi atingido pelas facadas.
Fossari explica que já ouviu 4 pessoas, sendo o adolescente, os dois PMs que atenderam a ocorrência e uma terceira pessoa que apareceu nesta segunda-feira com os 4 munições do revólver calibre 38, do sargento Bosco, utilizado no crime. Ao delegado, o homem, afirmou que retirou as cápsulas para evitar que o sargento reagisse e atirasse em mais pessoas. Conforme o GD havia informado, a arma foi apreendida no mesmo dia do crime (domingo), porém, sem munições.
Agora, conforme Fossari, é preciso aguardar que acusado receba alta do hospital para prestar depoimentos e informar quem o atingiu com a segunda facada e depois ser levado para o presídio. Se houver necessidade, os pais da vítima também serão ouvidos, mas só depois do depoimento do acusado.
O GD apurou junto a assessoria do Hospital Regional, o sargento João Bosco, continua internado com quadro clínico estável e sem necessidade de cirurgia. Mas ainda vai passar por novos exames e raio-x, pois sente dores na região dos ferimentos.
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