Ruptura com Dilma divide opiniões entre Maggi e Wellington
As discussões sobre a possibilidade do PR deixar ou não a base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT) têm afastado ainda mais o senador Blairo Maggi e o deputado federal Wellington Fagundes, que preside o diretório estadual da sigla em Mato Grosso. Enquanto Maggi defende a entrega de cargos e adoção de uma postura independente, Wellington entende que o partido precisa se posicionar mais claramente. "Ou você é situação ou é oposição", enfatiza.
A definição sobre o assunto deve ser anunciada pelo presidente da Executiva Nacional da legenda, senador Alfredo Nascimento, ainda nesta semana, segundo Maggi. A mudança de postura estaria embasa no tratamento que Dilma dispensou a peemedebistas, suspeitos de terem cometido irregularidades à frente dos ministérios do Turismo e da Agricultura.
Apesar da atitude de Dilma não ter agradado uma ala do PR, Wellington afirma que esteve com a presidente e ela demonstrou interesse em continuar tendo o partido como aliado. "Eu defendo que o PR continue na base, mas é uma decisão da sigla e eu tenho que seguir", pondera.
Para se justificar, o deputado ressalta que a legenda alcançou o tamanho que tem atualmente, principalmente, devido aos cargos que ocupou dentro do Ministério dos Transportes. Ele ainda enfatizou que o partido continua representado na pasta pelo ministro Paulo Sérgio Passos, substituto de Alfredo Nascimento, que deixou o cargo após as denúncias. "Entendo que o PR precisa valorizar o Passos", avalia.
Maggi, por sua vez, parece tentar amenizar a ruptura ponderando que o PR não passará a ser oposição. "Vamos apoiar aquilo com o que concordamos. Se acharmos que é uma política partidária poderemos ser contra", explica.
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