Estão cada vez mais frequentes agressões físicas nas escolas da rede pública de ensino em Cuiabá. Um novo vídeo de briga entre alunas adolescentes foi divulgado na web, na última semana. As imagens mostram um festival de socos, pontapés e puxões de cabelo, na Escola Estadual Dione Augusto.
Uma das estudantes, de 16 anos, envolvida na briga, relata o motivo que ocasionou o atrito. “Ela vinha me provocando. Então tive que dar um basta nisso, ou eu batia nela ou ela batia em mim”, declarou. A adolescente ainda contou que se sente arrependida pela atitude. “Primeira e última vez que briguei. Sou contra a violência, sei que fui errada e peço desculpa”, lamentou.
O pai da outra adolescente envolvida na briga divulgada na internet, Deosmar Domingues Ferreira, diz estar indignado com a situação e ao mesmo tempo preocupado. “Eu continuo revoltado e ao mesmo tempo assombrado, porque eu não sei o que pode acontecer com a minha filha. Ela precisa estudar, precisa estar na escola e eu não sei o que fazer. Nossos filhos saem para a escola e de repente nos deparamos com uma cena dessas. E agora até vídeo este vídeo na internet” relatou o pai.
Esse não é o primeiro caso registrado no colégio. Os próprios alunos relataram que sempre que ocorrem brigas, eles filmam e postam na web. Os estudantes ainda contam que as agressões acontecem dentro e fora o ambiente escolar. “Aconteceu na hora do recreio. Teve até soco inglês [um objeto de metal colocado entre os dedos que ocasiona lesões mais graves], amassaram a testa do guri”, contou um aluno sobre outra briga filmada.
A diretora da escola América Garjadone Feitosa, relatou que nos últimos três meses os índices de violências aumentaram no colégio. “Encontramos no dia 13 de maio dois alunos portando duas armas, calibres 38, carregadas, e bebida alcoólica”, contou. Segundo ela, para que as agressões diminuam no meio escolar, a equipe pedagógica do colégio está envolvendo mais os pais nas atividades escolares. “Estão sendo realizadas reuniões, palestras, conscientização para os pais e alunos. Agora ganhamos o aumento do muro para evitar que os alunos entrem com bebidas alcoólicas”, informou a diretora.
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