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Política
Quarta - 17 de Agosto de 2011 às 18:37

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Em depoimento nesta quarta-feira à Câmara, o ministro do Turismo, Pedro Novais, defendeu a competência de Frederico Silva da Costa, número dois na pasta, preso na Operação Voucher, da Polícia Federal. Novais admitiu ser o responsável por levar Fred, como é conhecido, para o cargo de secretário-executivo.

O ministro disse ainda que Fred era uma pessoa de sua confiança e negou que ele tenha chegado ao cargo por qualquer tipo de indicação política ou partidária.

"Ele é um dos funcionários mais conceituados deste ministério. Tanto que passou por diversos cargos e eu o promovi a secretário-executivo. A escolha coube a mim, porque além da qualidade que mencionei ninguém entende mais do relacionamento com o Ministério do Planejamento, que é quem disponibiliza recursos. Eu precisava dele naquela função, por isso o nomeei", afirmou.

Fred já foi liberado da prisão, assim como os outros 35 presos pela Polícia Federal.

Novais negou ter tido conhecimento das investigações na Ibrasi, ONG que teria firmado convênios irregulares com o ministério. Disse que apenas casos "importantes" são levados para seu conhecimento. Segundo ele, documento do TCU (Tribunal de Contas da União) e da PF (Polícia Federal) pedindo informações sobre o caso foram levados diretamente para o órgão de controle interno na pasta e eram referentes a outros processos, não os que resultaram na Operação Voucher.

"Eu não tomei conhecimento do pedido de informações do TCU. Os documentos do ministério entram no protocolo e são distribuídos aos órgãos. Só em caso grave me cabe tomar conhecimento, então as autoridades me levam a conhecimento", disse.

Novais alegou que todos os ministros delegam atividades e existem normas para isso. "Se eu fosse sozinho atender todos os papéis que transitam no ministério não faria mais nada além disso, então por isso há necessidade de delegação".

Ainda durante depoimento à Câmara, Novais disse que conclamou as autoridades responsáveis para apuração de eventuais irregularidades "com o máximo rigor e a maior velocidade possível para punir os verdadeiros culpados e retirar do ambiente do turismo a nuvem de suspeita que assombra".

Disse ainda que o ministério está realizando um "esforço concentrado" para que os convênios já firmados sejam reavaliados e disse ter "convicção da correção na maioria esmagadora dos servidores". 






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