O economista Paulo Tenani, da Fundação Getúlio Vargas, diz que o país é bem estruturado e que queda de ministro não vai prejudicar operações internacionais.
Crise no Ministério da Agricultura não afeta agronegócio, diz economista
Paulo Tenani, economista da Fundação Getúlio Vargas, afirma que o pedido de demissão do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, anunciado nesta quarta-feira (17), após denúncias de corrupção, não vai desestabilizar o agronegócio no Brasil.
A demissão foi publicada no site do ministério, um dia depois de Rossi admitir que pegou carona no jatinho de uma empresa agrícola. Nas últimas semanas, o ministro vinha enfrentando denúncias de irregularidades na pasta que comandava. Apesar da crise, Tenani destaca que é o Ministério da Agricultura, e não o ministro em pessoa, quem representa o país no exterior. “O Brasil já tem estruturas que permitem que os negócios continuem independentemente da confusão política”, avalia.
O comentarista George Vidor concorda que o setor está preparado para lidar com a sucessão, mas diz que ministério precisa de um representante mais forte: “Tenho a sensação de que a administração de Wagner Rossi foi apagada”, afirma. Vidor ressalta que um ministro politicamente atuante pode representar melhor o Brasil em negociações internacionais.
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