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Política
Quinta - 18 de Agosto de 2011 às 08:18
Por: Sissy Cambuim

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Diante do impasse sobre o financiamento das obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014, em especial a travessia urbana que liga Cuiabá a Várzea Grande, o ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR), pediu empenho da bancada federal na busca de uma solução.

Ele explica que até fevereiro de 2010, as obras previstas não estavam inclusas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e havia uma discussão para definir como o governo federal faria o repasse dos recursos ao Estado, se por meio do Ministério das Cidades ou do Dnit.

“Depois da visita da então ministra Dilma Rousseff (PT), recebemos uma orientação do (ex) ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), para fazermos um convênio para os projetos de Mato Grosso. Na época, o governador Blairo Maggi (PR) se responsabilizou pelos projetos que foram entregues e autorizados no prazo previsto”, detalhou em entrevista ao programa Chamada Geral, da rádio Mega 96, desta quarta (17).

O problema, segundo Pagot, foi uma audiência, que ele classificou como constrangedora, realizada no fim de maio, quando a já presidente Dilma, juntamente com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman (PT), informaram a ele, ao senador Maggi e ao governador Silval Barbosa (PMDB) que não havia recursos para executar as obras.

“Fui veemente na defesa dessas obras e cheguei a dizer que, se fosse o caso, poderíamos executá-las em substituição a outras, mas de maneira nenhuma justificaria a perda desses recursos”, ressaltou Pagot. “Sofri muito por isso porque fui chamado a atenção pela ministra e pela própria presidente por ter adotado esse posicionamento. Ainda bem que tenho testemunhas de que me posicionei de maneira firme, mas respeitosa”, revelou.

Depois do episódio, já foram realizadas outras duas audiências com Maggi e Silval, mas o assunto continua sem solução. “Ficam empurrando esse assunto para a frente, mas essa obra é importantíssima, pois vai dar outro dimensionamento para essas avenidas onde será implantado o BRT”, comenta.

Segundo Pagot, a travessia urbana é a obra mais importante para a realização da Copa depois da Arena Pantanal. “Mas estas obras não podem ser contratadas com um empenho de R$ 10 milhões. Precisa de uma emenda de bancada considerável da ordem de R$ 100 milhões para isso”, avaliou o ex-diretor.

“Penso que nós temos que defender essas obras de travessia urbana. O mínimo, nesse caso, é nossa bancada federal estar unida e coesa. Eu não vejo essa coesão, eu vejo todo mundo trabalhando, cada um cuidando da sua imagem”, desabafou.
 

 





Fonte: RD News

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