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Política
Quinta - 18 de Agosto de 2011 às 15:12

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Mais uma vez servidores públicos e estudantes lotaram o plenário do Palácio Paschoal Moreira Cabral, em Cuiabá, para protestar contra a possível privatização da companhia de Saneamento da Capital (Sanecap). Munidos de faixas e apitos, eles fizeram barulho durante a sessão, que teve que ser suspensa por algumas vezes.

O clima esquentou quando o vereador Antônio Fernandes (PSDB) tentou usar a tribuna para cobrar ações referentes ao trânsito da Capital. Durante seu discurso, os manifestantes não paravam de gritar pedindo a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de irregularidades em torno da Sanecap.

Sem conseguir falar, Fernandes recebeu a intercessão do presidente da Câmara, Júlio Pinheiro (PTB). “Estou falando pela última vez, vamos garantir o direito de fala do vereador. Eu mando evacuar toda a galeria”, alertou, sem sucesso.

Diante das manifestações, o vereador tucano disse que só retomaria a palavra depois que os manifestantes se acalmassem. Com os ânimos apaziguados, Fernandes mostrou quem estava a fim de “botar a boca no trombone”. “Nunca vi vocês trabalhadores e estudantes fazerem passeata na porta da Sanecap para cobrar explicações da diretoria. Temos denúncias de servidores que recebem propina para fazer ligação de água”, contestou.

O tucano não se conteve nas alfinetadas aos manifestantes, que pouco barulho fizeram diante das acusações. “Vocês deveriam estar trabalhando para pôr água na torneira das pessoas”, ressaltou. Em seguida, voltou-se contra o vereador Lúdio Cabral (PT). “Ele é o mentor de tudo isso. Ele mente para o povo, mas quero ver se vai dar emprego para vocês quando perderem seus cargos”, completou.

Com a exaltação dos ânimos, Pinheiro resolveu suspender a sessão por 10 minutos. Na volta, os vereadores estavam mais calmos. Lúdio, que tinha pedido questão de ordem para responder às acusações, preferiu colocar panos quentes no assunto. Da tribuna, ele defendeu os servidores dizendo que a equipe técnica que trabalha na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Ribeirão do Lipa reivindicou uma peça, orçada em R$ 1 mil, para resolver o problema do abastecimento de água em 13 bairros, mas teve o pedido negado pela diretoria da companhia.

Fora do Plenário, o petista reagiu dizendo que as declarações de Fernandes eram completamente descabidas. “Elas só mostram a falta de argumentos. Como não tem como responder as irregularidades apontadas na Sanecap, eles me atacam”, afirmou.
 





Fonte: RD News

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