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Política
Domingo - 21 de Agosto de 2011 às 12:56
Por: ALEXANDRE APRÁ

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MidiaNews
Presidente da Sanecap, Aray Fonseca, diz que processará Deucimar, Dorileo, Rabello e Toninho
Presidente da Sanecap, Aray Fonseca, diz que processará Deucimar, Dorileo, Rabello e Toninho

O presidente da Companhia de Saneamento da Capital, a Sanecap, Aray Fonseca, afirmou que vai processar o vereador Deucimar Silva (PP) e o empresário João Dorileo Leal, dono do Grupo Gazeta de Comunicação, por calunia, injúria e difamação, por conta da suposta gravação que revelaria um esquema de fraude na empresa.

Segundo Aray, a gravação, que veio à tona pelo vereador Deucimar Silva, é de uma reunião realizada poucas semanas depois de assumir a presidência do órgão. "Era uma reunião, que foi realizada com todos os diretores, para eu tomar pé da situação. Todas as irregularidades que foram constatadas eu mandei apurar", garantiu o presidente da Sanecap, durante entrevista coletiva, neste sábado (20).

Na avaliação de Aray, o conteúdo da gravação está sendo usado pelo Grupo Gazeta com o objetivo de tirar proveito político para o empresário Dorileo Leal, que já se declarou pré-candidato a prefeito de Cuiabá. "O Grupo Gazeta está, deliberadamente, distorcendo a gravação para tirar proveito político", argumentou Aray.

Ele anunciou que vai mover um processo judicial contra o empresário Dorileo Leal, contra os vereadores Deucimar Silva e Toninho de Souza (PDT), que também exerce a função de apresentador de um programa na TV Record, o deputado estadual Walter Rabello (PP) e o ex-senador Antero Paes de Barros, que apresenta um programa de rádio na CBN.

"Vou processar todos eles nos âmbitos criminal e cível. Vou pedir uma indenização de R$ 10 milhões pelo tamanho e pela proporção dos danos morais que eles me causaram", disse Aray Fonseca.

Ele afirmou que todas as irregularidades que constam na gravação aconteceram em gestões passadas da Sanecap e que, mesmo assim, determinou a imediata apuração.

O presidente da Sanecap também garantiu que o conteúdo da gravação foi maliciosamente editado. "A gravação tem três horas. Aos oito minutos e 24 segundos, claramente existe um corte. Estou tentando conseguir a gravação original para comprovar isso", afirmou Fonseca, completando que irá mandar o áudio para uma perícia técnica.

Ele explicou que a gravação foi feita pela jornalista Neila Barreto, servidora efetiva da Sanecap, que trabalha na assessoria de imprensa do órgão. No entanto, ele afirmou que não sabe como o áudio vazou. "Estou tentando conseguir o áudio original e buscar como essa gravação foi vazada", afirmou.

Deucimar e Luppa

Aray acusou Deucimar Silva de utilizar a gravação como mecanismo de pressão para que a Sanecap fizesse a prorrogação de um contrato com a Luppa Administradora de Serviços, empresa que pertence à família do vereador.

Ele mostrou um ofício enviado por uma gerente da empresa, no qual solicita a prorrogação do contrato pelo período de um ano. A Luppa é a empresa que terceiriza serviços gerais e de mão-de-obra na Sanecap.

"Esse contrato já foi prorrogado várias vezes. Enquanto eu estiver na Sanecap, ele não vai ser renovada. O Deucimar pode chiar e fazer a chantagem que quiser. Eu não vou prorrogar", garantiu o chefe da Sanecap.
 






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