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Domingo - 21 de Agosto de 2011 às 13:55

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O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou que compartilha a "essência" das reivindicações dos estudantes, mobilizados há três meses para exigir melhoras na educação pública do país, mas considerou que "muitas vezes eles só pensam em suas próprias necessidades".

"Quero lembrar aos estudantes que, sem dúvida, são muito importantes na sociedade chilena, mas há outros setores muito importantes que também têm necessidades e urgências", disse Piñera em entrevista publicada neste domingo pelo jornal El Mercurio.

"Os estudantes muitas vezes pensam somente em suas próprias necessidades, que são legítimas, mas que não são as únicas", acrescentou o governante.

O movimento estudantil chileno iniciou as mobilizações em meados de maio para exigir que o governo central volte a administrar a educação básica, que se proíba as instituições privadas de lucrar com a educação e que se garanta na Constituição o direito a uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Piñera reiterou a disposição do governo em dialogar "diretamente" com os estudantes, mas alertou que não renunciará ao "direito e obrigação de governar, sempre pensando no bem comum de todos".

O Executivo, assinalou o líder, compartilha "a essência e a alma" dos ideais do movimento estudantil para "dar um gigantesco salto adiante em matéria de qualidade da educação".

Nesse sentido, o presidente defendeu a necessidade de reforçar as universidades públicas, mas defendeu também a "inovação e o empreendimento" apresentados pelas instituições privadas.

Para ele, os episódios de violência protagonizados por grupos de manifestantes encapuzados nos protestos convocados pelos estudantes têm "motivações muito menos saudáveis e transparentes" que melhorar o sistema educacional.

"Descobrimos várias correlações com grupos estrangeiros que estão contribuindo para provocar este clima de violência e desestabilização", ressaltou Piñera, sem especificar a quais grupos se referia.

Nas últimas semanas a popularidade do líder chileno caiu aos níveis mais baixos desde que ele chegou ao poder, afetada por protestos sociais diversos.





Fonte: EFE

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