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Política
Domingo - 21 de Agosto de 2011 às 18:56

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A Inova Biotecnologia, empresa citada pelo ex-ministro Wagner Rossi (Agricultura) para descartar a suspeita de favorecimento à Ourofino Agronegócio, mantém uma parceria com a empresa Ourofino, que deu caronas em seu jatinho ao peemedebista.

Segundo o presidente da Inova, Hugo Zanocchi, a Ourofino vai adquirir, neste ano, 10 milhões de doses da vacina contra a febre aftosa.

A Ourofino é proprietária do jatinho usado por Wagner Rossi para viagens. Tanto a empresa quanto o ministro confirmaram o uso da aeronave, porém em raras ocasiões, e apenas como carona.

Segundo Zanocchi, 4 milhões de doses da vacina já foram vendidas na primeira campanha contra a aftosa, em maio deste ano. O segundo lote, com 6 milhões de doses, será vendido em outubro para a segunda etapa da campanha.

A Ourofino tem sede em Cravinhos, próxima a Ribeirão Preto (313 km de SP) --onde Rossi mora--, e obteve do Ministério da Agricultura licença para produzir e comercializar a vacina em outubro do ano passado.

Segundo Rossi informou em nota, na semana passada, em outubro, a Inova Biotecnologia também obteve sua licença para operar. As licenças são concedidas após uma série de medidas de biossegurança.

Zanocchi disse que a Ourofino requisitou as doses de vacinas por vender mais do que produz. Atualmente, a Inova tem capacidade para produzir até 70 milhões de doses por ano, segundo o presidente da empresa.

A Ourofino confirmou, por meio de sua assessoria, a aquisição das doses de vacina da Inova e informou que vai produzir 25 milhões de unidades neste ano.

PRAZO

O presidente da Inova Biotecnologia afirmou que o processo para conseguir a licença começou cinco anos antes. "Foi um ano de projeto, três de construção [fábrica] e um ano de testes para avaliação das doses", disse.

O projeto, segundo Zanocchi, custou R$ 120 milhões e não contou com financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ao contrário da Ourofino.

Ele negou que haja outro tipo de relação com a direção da Ourofino, mas confirmou que a empresa de Cravinhos tem crescido muito "ano a ano" e de forma "ambiciosa" no mercado.

Quando ainda era ministro, Rossi foi procurado para comentar a relação entre as empresas, mas não se posicionou. 






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