Comerciantes se armam para garantir a segurança
A frequência de assaltos nos comércios do bairro CPA3, em Cuiabá, e a falta de eficiência da segurança pública são motivos apontados por empresários da região para aquisição de armas, mesmo que clandestinas. A medida é vista como uma forma de proteção e meio de defesa. Para o sociólogo Naldson Ramos a conduta é uma demonstração clara da falência do poder público, que tem a obrigação de proteger a população. Sem se identificar, o comerciante Gabriel* afirma que tem pelo menos 4 colegas que já se armaram.
Um revólver calibre 38 ou 22 custa entre R$ 500 e R$ 800 e pode ser adquirido de traficantes da região. Gabriel conta que a maioria das pessoas não gosta de falar que está armada, por estar em situação ilegal e ter conhecimento do problema que pode ocasionar. “Aqui é fácil comprar arma”. Estatística da Polícia Civil mostra que nos primeiros 6 meses do ano foram registrados 132 roubos na regiãoda Morada da Serra, que compreende os bairros do CPA 1, 2, 3 e 4 e Morada da Serra. O número é 11% maior que o contabilizado no mesmo período do ano passado,119. No CPA3, os roubos cresceram 77,7%.
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