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Política
Terça - 23 de Agosto de 2011 às 13:08

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O ministro Guido Mantega (Fazenda) pediu nesta terça-feira (23) que os senadores não aprovem projetos que aumentam gastos do governo.

Ele citou o projeto que cria um piso salarial para policiais (PEC 300) e pediu que a DRU (Desvinculação das Receitas da União, que dá maior liberdade ao governo na gestão do Orçamento) seja prorrogada. 

"Isso é delicado, acaba ameaçando a situação do governo", afirmou.

Mantega disse que o controle das despesas correntes abrirá espaço para um aumento nos investimentos e para a redução dos juros.

O ministro reforçou que o governo brasileiro continuará tomando medidas para atenuar os efeitos da crise e para combater a guerra cambial e artifícios como triangulação --quando um produto exportado ao Brasil por um país que sofre sanções comerciais passa por um terceiro país para esconder sua origem.

Ele pediu ainda que os senadores aprovem projeto que acaba com os créditos no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) que alguns Estados dão para atrair importações.

"Em um momento em que a guerra comercial se agudiza, não podemos tolerar que haja um estimulo à importação", completou.

CRISE

Mantega alertou que a crise internacional, que hoje está no "colo" dos governos, pode voltar a ser uma crise bancária, como ocorreu em 2008, já que os bancos são os credores das dívidas públicas.

Segundo ele, o governo brasileiro está preocupado com o baixo nível de crescimento da economia norte-americana, que pode prejudicar toda a economia mundial.

"Hoje quem está puxando o crescimento da economia mundial são os emergentes. Se os avançados descerem mais um degrau na crise, vão reduzir também o crescimento dos emergentes em função do comércio", afirmou.

De acordo com o ministro, os países da União Europeia estão em uma situação ainda pior porque "batem cabeça" e não conseguem entrar em consenso. Ele defendeu que o fundo de estabilização dos países europeus tenha pelo menos 1 trilhão de euros (R$ 2,31 trilhões) --e não 400 bilhões de euros (R$ 9,24 bilhões) como anunciado-- para recuperar a confiança dos mercados.

"Nitidamente os recursos não são suficientes. Está faltando uma determinação maior dos países [europeus] para que eles possam solucionar. Ou deixa quebrar ou soluciona o problema", completou. 






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