Governador Silval deve acatar recomendação do partido; Vicente Falcão é cotado
Indicado pelo PR, adjunto deve substituir Maia na Sema

O governador Silval Barbosa (PMDB) retorna de Brasília na quarta-feira (24) e deve anunciar o substituto imediato do titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), após o coronel PM Alexander Maia pedir demissão.

Nos bastidores, um dos nomes mais cotados para assumir é o atual secretário-adjunto, Vicente Falcão, pelo bom trânsito mantido junto aos servidores e representantes do setor agrícola, além de ter conhecimento dos projetos em andamento.

O Partido da República (PR) também não oferece resistência a Falcão e reivindica o controle da pasta, que está sob seu controle, desde a gestão de Blairo Maggi, atual senador pela legenda.

Também é aguardado o posicionamento do chefe do Executivo em relação às polêmicas declarações de Maia. Ao anunciar sua saída, em uma entrevista coletiva, o coronel alegou que, ao cumprir o rigor da lei à frente da Sema, recebeu pressão de setores políticos e empresariais, o que comprometeu a unidade de apoio em torno da gestão estadual e decidiu sair por conta da lealdade ao governador Silval Barbosa.

Desde a gestão Maggi, a Secretaria de Meio Ambiente é uma das mais polêmicas, com a prisão de dois ex-secretários pela Polícia Federal, diante da suspeita de participação em crimes ambientais. Os detidos foram Moacir Pires e Luiz Henrique Daldegan, que já comandaram a pasta.

Articulação

A viagem do governador Silval Barbosa a Brasília se deve à articulação para assegurar recursos em obras prioritárias, como a duplicação das BRs-163, 364 e 070, que beneficiam Cuiabá e Várzea Grande e estão a cargo do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), com orçamento de R$ 380 milhões.

Em relação ao projeto de modal de transporte para a Copa de 2014, Silval mantém diálogo com assessores próximos ``a presidente da República Dilma Rousseff (PT), para defender, mais uma vez, a implantação do VLT (Veículo Leve Sobre Trilho).

Porém, a escolha que cabe ao Governo Federal e deve ser anunciada somente nas próximas semanas, após uma criteriosa análise técnica feita pelo Ministério das Cidades.