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Política
Terça - 23 de Agosto de 2011 às 23:21

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O ministro Pedro Novais (Turismo) afirmou nesta terça-feira que todas as irregularidades apontadas até agora são das gestões anteriores e que recebeu forte apoio de caciques de seu partido, o PMDB.

Antes dele, o ministério foi ocupado por Marta Suplicy e Luiz Barretto Filho, ligados ao PT.

Ele prestou por quase três horas depoimento ao Senado na tarde de hoje e foi pouco questionado pela oposição sobre as acusações de irregularidades no ministério.

Novais chegou a responder perguntas feitas por senadores de oposição que nem estavam mais presentes à sala.

  Alan Marques/Folhapress  
Ministro do Turismo, Pedro Novais, durante audiência no Senado nesta terça-feira
Ministro do Turismo, Pedro Novais, durante audiência no Senado nesta terça-feira

O ministro praticamente repetiu as informações dadas na Câmara na semana anterior.

Ele passou a maior parte do tempo de sua exposição discorrendo sobre o que fez nos primeiros oito meses à frente do cargo.

Novais citou por exemplo o treinamento de pessoas e a nova classificação dos hotéis, além de mudanças administrativas.

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou que ele conta com todo o apoio do partido para permanecer no cargo.

Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, afirmou que o ministro foi firme em suas respostas e deu todas as explicações.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que Novais foi pouco questionado porque o governo fez uma estratégia de levar vários ministros ao mesmo tempo para depor na casa, o que impediu que maior participação de senadores nos debates.

OPERAÇÃO

Sobre a Operação Voucher, desencadeada pela Polícia Federal há duas semanas e que investiga irregularidades na pasta, Novais reafirmou que as providências foram tomadas para tornar mais rígida a prestação de contas e citou uma frase atribuída aos conselheiros do Conselho Nacional de Turismo. "O turismo brasileiro é maior que erros ou equívocos administrativos."

Na semana passada, na Câmara, Novais negou ter tido conhecimento das investigações na Ibrasi, ONG que teria firmado convênios irregulares com o ministério. Disse que apenas casos "importantes" são levados para seu conhecimento.

Segundo ele, documento do TCU (Tribunal de Contas da União) e da PF (Polícia Federal) pedindo informações sobre o caso foram levados diretamente para o órgão de controle interno na pasta e eram referentes a outros processos, não os que resultaram na Operação Voucher.

O ministro do Turismo sofre pressão para deixar o posto desde que a operação da PF foi deflagrada, no dia 9 deste mês. Durante a ação da polícia, o secretário-executivo da pasta, Frederico da Costa, número dois na hierarquia do ministério, foi preso. Solto após pagar fiança, Costa pediu demissão do cargo.

Novais foi aconselhado na semana passada por colegas do PMDB a entregar o cargo para evitar desgastes ao partido diante da série de denúncias que atingem a pasta.

Nesta terça-feira, no entanto, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, defendeu seu colega do Turismo e disse que a permanência do ministro Novais está dada". 






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