Advogado preso por "falha" acusa PM de perseguição

O advogado Rogério Nóbrega da Silva atribui o "mal entendido" de sua prisão em Barra do Garças, 503 km de Cuiabá, a uma perseguição da Polícia Militar. Ele foi detido terça-feira (23) por volta das 14 horas quando passava em frente ao batalhão do 2º BPM voltando do Fórum. O advogado conta que mais de dez policiais, em várias viaturas, fecharam seu veículo com arma em punho dizendo que ele estava preso, mas snão disseram o motivo.

Na central de atendimento, os policiais perguntavam se o advogado tinha passagem pela polícia porque constava do sistema um mandado de prisão em aberto contra ele na comarca de Primavera do Leste.

“Eu tive dois processos contra mim onde eu fui absolvido e foram extintos já faz mais de 10 anos. Eles erraram porque não comunicaram a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) sobre a minha prisão. A intenção era me desmoralizar”, explica o advogado, em entrevista ao Olhar Direto.

Rogério Nóbrega foi encaminhado à central e posteriormente entregue à Polícia Civil. De acordo com a PM, o mandado de prisão em aberto contra ele estava bo Infoseg. Porém, o advogado assegura que o papel de cumprir eventual ordem judicial compete à Polícia Civil quando é contra um advogado, a OAB tem quer ser comunicada e alguém em nome da instituição tem que acompanhar o procedimento.

“Fizeram uma pirotecnia contra mim mais uma vez”, completa o advogado. Ele argumenta que num dos processos foi acusado injustamente, fato que o motivou a estudar e se formar advogado.

Rogério reclama de perseguição porque, na segunda-feira, entrou em desentendimento com o tenente João Paulo durante uma ocorrência onde ele alega ter sido agredido pelo policial e ficou algemado por mais de quatro horas.
 
O advogado também faz críticas, sem citar nomes, aos oficiais de Barra do Garças. Segundo ele, alguns oficiais miliares respondem processos inclusive por desvio de alimentos e estão sendo investigados pelo Gaeco.

O advogado ficou pouco tempo na delegacia, pois o delegado Adilson Gonçalves confirmou na Comarca de Primavera do Leste a extinção do processo contra ele. Dois advogados, em nome da OAB, acompanham a liberação de Rogério Nóbrega. O comando da PM atribui o mal entendido ao sistema Infoseg onde constava o mandado de prisão em aberto.