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Política
Quarta - 24 de Agosto de 2011 às 12:09
Por: Welington Sabino

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Desembargador aposentado Donato Fortunato Ojeda, investigado em inquérito que apura suposta venda de setenças na Justiça Eleitoral de Mato Grosso (TRE), teve habeas corpus negado por unanimidade nesta terça-feira (23) pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) cuja relatora é a ministra Carmem Lúcia. A magistrada o trâmite do inquérito manteve no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A defesa do magistrado, advogado Anderson Nunes de Figueiredo, pleiteava que fosse reconhecida a incompetência do Superior Tribunal de Justiça, pois segundo ele, seria responsabilidade da Justiça Estadual de Mato Grosso conduzir o inquérito. Alegava que Ojeda é desembargador aposentado, não possuindo foro privilegiado por prerrogativa de função. Entretanto, a relatora seguiu o parecer do Ministério Público Federal, em abril, de que o caso ainda se encontra fase de inquérito, sendo certo que, entre os investigados, figuram desembargadores, circunstância que atrai a competência deste STJ para presidir as investigações.

O magistrado é um dos investigados no inquérito 558 de Goiás, ao qual foi anexado o inquérito 669 de Mato Grosso, já que ambos apuravam denúncias de que advogados e outros magistrados estariam manipulando decisões no âmbito da Justiça Eleitoral de Mato Grosso.

Embora o inquérito teve inicío na 2ª Vara Federal de Cuiabá/MT, indícios de envolvimento de membros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) levaram o Juízo federal a declinar de sua competência para o Superior Tribunal de Justiça. Subprocuradora Cláudia Sampaio Marques, no parecer emitido no dia 12 de abril, reforçou ainda que era “incorreto afirmar que o Superior Tribunal de Justiça não será o competente para o processo e julgamento de futura ação penal, o que só ocorrerá caso se decida pelo desmembramento do feito”.

Caso refere-se a operação Asafe deflagrada pela Polícia Federal (PF) em maio de 2010 para investigar a venda de sentenças dentro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e do Tribunal Regional Eleitoral. Em junho deste ano, o sub-procurador-geral da República, Eugênio Aragão, denunciou formalmente juízes e desembargadores de Mato Grosso investigados na operação. Todos os envolvidos começaram a ser investigados por suposto envolvimento com venda de sentença, exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. Entretanto, o processo corre sob segredo de Justiça.





Fonte: A Gazeta

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