O Hemocentro e a Associação dos Nordestinos, que fica em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, realizam uma campanha para cadastrar possíveis doadores de medula óssea. A ação acontece até as 21h [horário de MT] desta quinta-feira (25) na escola Arlete Maria da Silva.
Em Mato Grosso o banco tem 20 mil doadores cadastrados e cerca de 50 pacientes na lista de espera. A maior ajuda vem de campanhas e parcerias como a que acontece nesta quinta.
De acordo com a assistente social do hemocentro, Heloise Dias, a maioria dos adultos são doadores em potencial. “A pessoa tem que ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde e não pode ter tido doenças como câncer, doenças no sangue nem doenças contagiosas como hepatite”, explicou. Depois disso, é só preencher um cadastro com os dados pessoais e coletar uma pequena amostra de sangue.
Entre as pessoas beneficiadas pode estar a estudante Juliana Brugnhago, de 13 anos. Há três anos ela luta contra a leucemia e já chegou a ficar 23 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Cuiabá. Segundo a família da adolescente, a doença regrediu com o tratamento, mas os médicos disseram que o risco da leucemia retornar não está descartado. “Falaram que se a doença voltasse a possibilidade de cura e a chance de sobreviver é só com o transplante”, explicou Ana Maria Brugnhago, mãe da jovem.
No caso de Juliana não foi encontrado um doador compatível dentro da família. A esperança está na rede nacional de doadores de medula óssea. “Eu gostaria que as pessoas doassem [medula] não só pra mim como para todos. No momento eu não estou precisando, mas muitas pessoas precisam e talvez um dia eu também possa precisar”, disse a adolescente.
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