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Internacional
Sexta - 26 de Agosto de 2011 às 11:08

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Um escândalo envolvendo pagamentos em cartão de crédito feitos por um parlamentar a um serviço de acompanhantes está ameaçando o governo da premiê australiana Julia Gillard.

O Partido Trabalhista australiano, de Gillard, tem a maioria no Parlamento com apenas uma cadeira de vantagem.

Se o parlamentar trabalhista envolvido no escândalo, Craig Thompson, for obrigado a renunciar ao cargo, o partido terá que enfrentar uma eleição extraordinária. E, de acordo com as pesquisas de opinião, o partido do governo poderia ser derrotado nestas eleições.

No começo de agosto Thompson admitiu que fez pagamentos a uma agência de acompanhantes em Sydney com o cartão de crédito do Sindicato dos Serviços de Saúde, quando ele era o diretor do sindicato. Ele também foi acusado de fazer saques pessoais e o total das despesas chegaria a mais de 100 mil dólares australianos.

No entanto, o parlamentar alega que não sabia que os pagamentos que fez na época, em 2009, foram para pagar prostitutas.

Thompson também nega que tenho feito algo errado, mas, no início da semana, foi obrigado a renunciar à presidência do Comitê Econômico da Câmara dos Representantes.

ATAQUES

A oposição australiana usou o escândalo para atacar o governo da premiê Julia Gillard. Devido à sua estreita maioria no Parlamento, Gillard teve pouca escolha, a não ser apoiar Craig Thompson.

"Ele tem todo o meu apoio", disse Gillard no começo da semana, recusando os pedidos para fazer com que Thompson dê uma declaração ao Parlamento sobre as acusações.

Falando ao jornal "The Canberra Times", o líder da oposição Tony Abbott afirmou que o gabinete de Gillard sabia a respeito do caso antes de sua divulgação.

"Acho que ela deve ao público, precisa contar exatamente o que ela sabia, quando ela sabia e o que ela fez a respeito", disse.

Para analistas, o escândalo prejudicou a imagem da premiê australiana. E este escândalo ocorre em um omento crítico para o governo australiano.

O governo está lutando para que os impostos sobre emissão de carbono e mineração, ambos impopulares junto ao setor empresarial do país, sejam aprovados.

O líder da oposição Tony Abbott já prometeu abandonar os projetos para os dois impostos caso seja eleito. 






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