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Política
Domingo - 28 de Agosto de 2011 às 10:07
Por: Laura Nabuco

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Ao que tudo indica, o deputado Emanuel Pinheiro (PR) não vai descansar até que a presidente da Ager, Márcia Vandoni, seja destituída do cargo. O parlamentar garante ter encontrado uma saída jurídica para que ela seja exonerada, mesmo tendo sido eleita para cumprir um mandato que dura até 2012. O republicano aguarda agora uma oportunidade de mostrar o estudo ao governador Silval Barbosa (PMDB). Ainda assim, Emanuel defende que a própria Márcia desista do embate e coloque o cargo à disposição do peemedebista. "Ela precisa refletir e perceber que está expondo desnecessariamente o governador e o presidente (da Assembleia) Riva", avalia. Segundo o deputado, a maioria dos parlamentares compartilha a mesma avaliação. "Acho que só o Riva e o Sérgio Ricardo discordam disso", pondera.

A bronca de Emanuel com Márcia é antiga. Ele responsabiliza a gestora pela crise devido à demora na licitação das linhas dos ônibus intermunicipais. O atraso já gerou, inclusive, um multa de mais de R$ 200 milhões proveniente do descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com o Ministério Público. No últimos dias, no entanto, o parlamentar ficou especialmente irritado com o veto do governador às emendas que alteravam o projeto de licitação encaminhado pela Ager à Assembleia. A principal mudança proposta pelos deputados, que acabou derrubada pelo governo, previa mais de uma empresa atuando em cada um dos oito mercados em que as linhas foram dividas. O argumento era de que a determinação da Ager, de que apenas uma empresa poderia vencer a licitação por mercado, promoveria um monopólio no setor.

Márcia, por sua vez, afirma que a proposta universaliza o serviço. Ela alega que os mercados têm linhas mais e menos rentáveis e que a atuação de apenas uma empresa serviria para equilibrar os lucros, fazendo com que os trajetos com menor fluxo de passageiros recebessem a mesma atenção por parte dos empresários quanto os mais movimentados. Apesar do argumento, a presidente garante não ter tido qualquer influência na decisão de Silval de vetar a emenda que ampliava cada um dos oito mercados à atuação de duas empresas. Segundo ela, a orientação partiu da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que analisou o projeto depois que apreciado pela AL. Emanuel, contudo, discorda e afirma que foi Márcia quem solicitou a nova alteração. "Eu vi o documento", enfatiza o republicano.

Diante da decisão do governador, os parlamentares resolveram derrubar o veto. Eles reclamam da medida, pois o texto com as mudanças teria sido elaborado após uma série de negociações com a própria Ager. O vice-governador Chico Daltro, então, foi convocado para resolver o impasse. O anúncio dele de que o Estado vai recorrer ao Judiciário, caso a AL insista na derrubada, no entanto, acabou fomentando ainda mais o mal-estar entre os dois poderes. "Eu já pedi que ele (Daltro) não venha aqui, porque, embora seja sempre muito bem vindo, não será para tratar deste assunto. Vai acabar gerando uma situação constrangedora para todos", adianta Emanuel.
 





Fonte: RD News

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