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Cidades
Terça - 30 de Agosto de 2011 às 07:54

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Quase dez mil pacientes estão tendo problemas para atendimento de saúde mental na rede pública de saúde em Cuiabá. As consultas foram reduzidas por causa da diminuição da carga horária dos especialistas, segundo a coordenação de saúde do município.

Na capital mato-grossense, existem quatro policlínicas, três Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS), um Centro Especializado. Em média, cada unidade tem 900 pacientes, sendo que apenas 10 profissionais trabalham nos locais. Enquanto o tempo dos especialistas nas unidades é menor, os novos pacientes não podem ser atendidos, ainda conforme a coordenação.

Drama
Em uma das policlínicas, no bairro CPA I, a aposentada Maria Pereira trouxe o encaminhamento do posto de saúde para ser atendida no local por um especialista, no entanto, não conseguiu a consulta. ""Cheguei aqui e o que eu ganhei foi conversar com outra assistente social. Ela não sabe pra onde me mandar. E o pior que não é só eu"", desabafa.

Além da aposentada, a filha dela sofre de esquizofrenia e também não conseguiu acompanhamento médico. Há outros casos piores, como o do filho de Márcia Ferreira, que tem deficiência mental. ""A última consulta que ele teve foi ano passado, em dezembro. Já estamos quase chegando a dezembro e o menino ainda não passou por avaliação médica"", disse a funcionária pública.

Em outras unidades, como da policlínica do Coxipó, mais de duas mil pessoas estão cadastradas para atendimento psiquiátrico, porém não há especialista. No caso da diarista Elza Maria Siqueira, ela não consegue agendar um retorno. ""Sem o atendimento do médico você não pode pegar a receita. E não tendo acesso a receita você não pode comprar o medicamento, quando tem na farmácia"", disse.

Atendimentos
De acordo com a coordenadora de saúde mental de Cuiabá, Karine Nicolau, a intenção é que na próxima semana sejam readmitidos pelo menos 12 profissionais nas unidades. ""Foi feito uma redução na carga horária, inclusive para não paralisar esse atendimento. Um acordo deve ser regularizado no próximo mês e o atendimento voltando ao normal"", explica.

Em relação à falta de medicamentos, a coordenadora de saúde mental informou que nos mês passado houve um problema com a licitação. Porém, o processo já foi retomado e os remédios já chegaram nas unidades, segundo a coordenadora.
 






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