Para Sávio, Galindo coloca política à frente das necessidades de Cuiabá
Contrário à concessão dos serviços de água e esgotamento sanitário da Capital, vereador Domingos Sávio (PMDB), único que votou contra o projeto aprovado no inicio de julho, acredita que a medida adotada pelo prefeito Chico Galindo (PTB) coloca questões políticas à frente das reais necessidades da população.
Um dos principais motivos pelo qual votou contrário ao projeto foi o fato do município já ter contratado recursos do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para a realização de obras de saneamento básico em Cuiabá. Com a concessão dos serviços, a prefeitura perderá a verba.
“Não são perspectivas de recursos, eles já existem. Com a concessão agora, o prefeito vai acabar tendo que devolver cerca de R$ 12 milhões ao governo federal”, explicou. Ele avalia que este não é o melhor momento para a concessão dos serviços, já que somente com o PAC I, Cuiabá poderia atingir a marca de 66% de esgoto tratado. Se fossem pactuados recursos por meio do PAC II, este número chegaria perto dos 80%.
Galindo, por sua vez, defende a concessão sob o argumento de que seriam necessários aproximadamente R$ 2 bilhões para resolver os problemas de saneamento do município, recursos que nem a prefeitura, nem o governo podem dispor.
Além de considerar desnecessária a perda dos recursos federais, Sávio defende que a Sanecap é uma empresa viável e ainda ressalta que o assunto não foi devidamente debatido com a população.
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