Economia faz Dilma cancelar ida ao RS na noite desta quinta
Dilma convocou o ministro Guido Mantega (Fazenda), que estava prestes a sair da cidade, para uma reunião ainda hoje no Palácio da Alvorada.
Eles devem discutir as medidas "macroprudenciais" que o governo deve tomar para ampliar o combate à inflação.
A crítica de setores da economia durante o dia de hoje é de que, com a redução da taxa de juros de 12,5% para 12%, haveria terreno fértil para a inflação continuar subindo ou se distanciar ainda mais do centro da meta de 4,5%.
Dilma vai na manhã desta sexta-feira para Porto Alegre, onde participa de dois eventos oficiais. À noite, de volta a Brasília, ela participa do congresso do PT.
Ontem, em decisão surpreendente, o Banco Central baixou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia, a Selic, após uma sequência de cinco altas.
O mercado financeiro apostava na manutenção da taxa.
Hoje, Mantega negou que tenha havido interferência política na decisão do Banco Central.
"Isso é bobagem, o Copom [Comitê de Política Monetária] não sofre nenhuma pressão política, tem autonomia. Eles julgam os cenários e tomam as decisões", afirmou.
O ministro disse ainda que baixar juros "é muito positivo", mas é preciso esperar a divulgação da ata da reunião, na próxima quinta-feira (8), para que o Banco Central explique as razões que levaram à queda dos juros.
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), também negaram qualquer interferência na decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros. Ambos disseram que a queda aconteceu por causa da crise internacional e das medidas adotadas pelo governo brasileiro.
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