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Saúde
Quinta - 01 de Setembro de 2011 às 22:40

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Os primeiros testes clínicos de uma técnica que usa células-tronco para tratar pacientes que sofreram derrames cerebrais entrarão em sua segunda fase após serem autorizados oficialmente no Reino Unido.

Uma avaliação feita por um órgão independente concluiu que a primeira fase de testes --em que células-tronco foram injetadas nos cérebros de três pacientes em um hospital de Glasgow, na Escócia-- não produziu efeitos adversos sobre o grupo de voluntários.

Agora, o tratamento poderá ser testado em um número maior de pessoas.

A equipe de pesquisadores, da Escola de Medicina da Universidade de Glasgow, espera que as células-tronco auxiliem o organismo a reparar o tecido cerebral danificado pelo derrame.

O chefe da equipe, Keith Muir, disse à BBC que estava satisfeito com os resultados obtidos até agora.

"Temos de estar satisfeitos em relação à segurança antes de podermos continuar testando os efeitos dessa terapia", afirmou.

"Como é a primeira vez que esse tipo de terapia com células é usado em humanos, é importante que determinemos que há segurança para podermos seguir em frente. Agora temos permissão para testar uma dose maior de células."

Um idoso foi a primeira pessoa no mundo a receber o tratamento, no ano passado. Desde então, a técnica foi testada em outros dois pacientes.

TESTES GLOBAIS

Os pacientes receberam doses muito pequenas de células-tronco, em testes cujo objetivo era avaliar quão seguro é o procedimento.

No próximo ano, um grupo com no máximo nove pacientes receberá doses progressivamente maiores --também, inicialmente, para testar a segurança da técnica.

Os médicos também vão usar os testes clínicos para avaliar a melhor forma de medir quão efetivo é o tratamento. Essa medição da eficácia será essencial quando começaram os testes com um número ainda maior de pessoas, daqui a um ano e meio.

Cada vez mais testes clínicos regulamentados de tratamentos usando células-tronco são realizados no mundo.

Entre eles, estão testes iniciados no ano passado pela empresa americana Geron para o desenvolvimento de um tratamento para paralisia.

Os tratamentos estão em fase inicial, e é provável que muitos anos se passem até que eles sejam oferecidos à população em geral.

Segundo estimativas feitas em 2001 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), acidentes vasculares cerebrais são responsáveis por 5,5 milhões de mortes anualmente.

De acordo com estatísticas de outras entidades, derrames cerebrais seriam a terceira causa de morte mais comum no mundo, superados apenas por problemas cardíacos e todos os tipos de câncer combinados.

Os testes clínicos para terapias que usam células-tronco no tratamento de pacientes que sofreram derrames cerebrais estão sendo feitos pela companhia Reneuron Group plc, com sede no Reino Unido.

O diretor da empresa, Michael Hunt, disse que ainda há um longo caminho a percorer na busca por um tratamento. Segundo ele, se tudo correr muito bem, a previsão mais otimista é de que o tratamento esteja disponível no mercado dentro de cinco anos. 
 






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