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Sexta - 02 de Setembro de 2011 às 08:57

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MidiaNews
Além de não aceitarem a proposta do Governo, os policiais radicalizam: 100% de paralisação
Além de não aceitarem a proposta do Governo, os policiais radicalizam: 100% de paralisação

Os investigadores e escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso, contrariando as expectativas, decidiram manter a greve geral, que chega aos 63 dias nesta sexta-feira (2). Para completar, as duas categorias decidiram radicalizar.

Durante a assembleia-geral que terminou no final da tarde de ontem (1º), os policiais aprovaram a suspensão dos 30% dos trabalhos que vinham sendo mantidos, conforme assegura a legislação, durante qualquer movimento grevista.

Após a assembleia-geral que optou pelos 100% de paralisação, os policiais decidiram se concentrar em frente ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Planalto, onde funciona a Central de Plantão de Cuiabá.

É nessa delegacia onde se atendem ocorrências sobre prisões em flagrante e liberação de corpos de vítimas de violência (homicídio, acidentes e outros). A estratégia é para impedir que investigadores e escrivães cumpram as escalas de plantão. 

Como estratégia do movimento, a partir desta sexta-feira, comissões de grevistas vão percorrer as delegacias da Grande Cuiabá e do interior, para "fiscalizar" se policiais estão traalhando.

Na verdade, a radicalização é uma a resposta dos policiais à nova tabela salarial apresentada ontem pelo Governo do Estado. Ao invés de um salarial inicial de R$ 3,5 mil, como querem os policiais, o Palácio Paiaguás ofereceu R$ 2.460, a partir de dezembro deste ano.

Para os policiais, com esse valor, o Estado respondeu que não aceita inseri-los entre as demais categorias de servidores de nível superior. O salário inicial, entretanto, não foi o fator decisivo na recusa da proposta governamental.

A presidente do Sindicato dos Escrivães, Genima da Silva Almeida, disse que, como os policiais reivindicam uma elevação gradativa dos salários, prevendo que a equiparação ocorra até 2014, decidiram não abrir mão da aplicação dos índices oficiais de perdas, calculados com base na inflação.

Já o Governo do Estado, conforme a Genima, diz que sobre as tabelas salariais propostas para os próximos quatro anos não poderiam aplicar o INPC (Índice de Preço ao Consumidor), que este ano foi de 6,47%.

A sindicalista disse que, se aceitarem R$ 11.079, a partir de dezembro de 2014, para o policial em final de carreira (Classe E - Especial), como propôs o Governo, estarão perdendo mais de 15%, que seriam os índices inflacionários dos próximos três anos.

Por causa da decisão dos policiais, o governador Silval Barbosa convocou os secretários César Zílio, de Administração, Diógenes Curado, de Segurança, para uma reunião extraordinária na manhã de hoje.

Somente após esse encontro, o Governo deverá se posicionar sobre a greve.

Com informações do Diário de Cuiabá






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