João Bosco criticou a greve e apontou falta de condição de trabalho; foi transferido para Acorizal
Após mostrar falhas, delegado é transferido de Cuiabá
Dias após criticar a greve dos investigadores e escrivães, afirmando que a paralisação das atividades está prejudicando os trabalhos da Polícia Civil, o delegado João Bosco de Barros foi transferido para a Delegacia de Acorizal e Guia.
Conforme o MidiaNews apurou, o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, não teria gostado das críticas e chegou a acionar policiais militares para que o delegado continuasse as investigações da tentativa de assalto ao carro-forte na Galeria Itália, onde morreram quatro pessoas num tiroteio, na segunda-feira (29).
A informação da transferência chegou no início da noite desta quinta-feira (1º). João Bosco não quis comentar o assunto. O delegado Anderson da Veiga deverá responder interinamente pela Delegacia do Verdão.
Conforme se apurou, a situação só não está pior porque a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está conseguindo esclarecer a maior parte dos assassinatos que investiga.
O caso da Galeria Itália, por sinal, deverá ser transferido para a DHPP, que já esclareceu a maior parte dos mais de 200 assassinatos ocorridos neste ano.
Para complicar, o mês de agosto, conforme MidiaNews antecipou, fechou com 30 assassinatos, sendo 23 homicídios na Grande Cuiabá. Os números teriam irritado também a cúpula do Governo, que exige uma redução da violência.
“O número de homicídios não significa que não houve outros crimes como latrocínio ou lesão corporal seguido de morte. Juntando tudo, os índices sobem”, observou um policial da DHPP.
Um dia após a tentativa de assalto ao carro-forte, o delegado Bosco reclamou, em entrevista ao site, que a greve dos investigadores estava inviabilizando os trabalhos e pedia uma solução para o impasse.
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