Consumo das famílias cresce pelo 31º mês seguido, mas desacelera
Um dos pilares de sustentação da economia nos últimos anos, o consumo das famílias cresceu pelo 31º mês consecutivo, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De abril a junho, o indicador cresceu 5,5% na comparação com o segundo trimestre de 2010, influenciado pela elevação de 6,5% da massa salarial real e do crescimento de 18,6% nas operações de crédito para pessoas físicas.
O consumo das famílias, no entanto, desacelerou, a exemplo do restante da economia, conforme os números relativos ao PIB (Produto Interno Bruto), divulgado nesta sexta-feira (2).
O desempenho no segundo trimestre foi o menos significativo desde o terceiro trimestre de 2009. Naquele período, o consumo das famílias avançara 4,3%.
"O consumo das famílias segue em ritmo crescente, e está absorvendo as importações", comentou a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
No acumulado do ano, o consumo das famílias cresceu 5,7%, na comparação com o intervalo de janeiro a junho de 2010.
Ao mesmo tempo, o instituto mediu que o consumo das administrações públicas subiu 2,5% no segundo trimestre, em relação a período correspondente no ano passado. Em relação ao primeiro trimestre, a alta foi de 1,2%. No primeiro semestre, o indicador avançou 2,3%.
PIB
Sob impacto da contenção do crédito, do câmbio valorizado, de juros maiores e da consequente freada da indústria provocada por esses fatores, o PIB (Produto Interno Bruto) registrou expansão de 0,8% no segundo trimestre deste ano na comparação livre de influências sazonais com o primeiro trimestre.
De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor da indústria teve o pior desempenho desde a crise econômica mundial, no fim da década passada. O setor cresceu 1,7% no segundo trimestre de 2011 em comparação a intervalo de tempo correspondente em 2010.
Com a indústria afetada pela importação de máquinas e equipamentos, o setor de serviços impulsionou a economia brasileira, se observada a ótica da oferta.
Dos setores produtivos, o setor de serviços foi o que mais cresceu no segundo trimestre, com alta de 3,4% ante igual período no ano passado, segundo o IBGE.
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