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Cidades
Sexta - 02 de Setembro de 2011 às 19:48
Por: Izabela Andrade

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Noite de quinta-feira em Cuiabá, temperatura um pouco mais amena que de costume. A “avenida de luxo” de Cuiabá, a Getúlio Vargas, com seus bares da moda, como sempre, está movimentada. Jovens das mais variadas classes sociais circulam, por uns dos metros quadrados mais caros da Capital à procura de diversão. Entre vidraças e muitas luzes, um cantinho vai se destacando. Sem a devida fiscalização casas noturnas são transformadas em verdadeiros ‘inferninhos’,  com direito ao consumo excessivo de bebidas, drogas e a entrada liberada de jovens - que muitas vezes aparentam ser menores de idade.
 
Pessoas entram por uma espécie de biombo e dão de cara com o “escraxo” da diversão. Na ponta da avenida de luxo, está montado o “inferninho” da hora. A casa atende pelo nome de Rio Sampa, local tradicionalmente conhecido por seus bailes funk. Lá chegam pessoas de vários bairros e não há separação de classes –diferente da seleção natural de outros pontos da via. O Rio Sampa se tornou ponto de encontro para aqueles que procuram diversão sem limites.
 
É a antiga boate Clube Garagem 76, que funciona rigorosamente de quinta a domingo,e  foi “rebatizada” após o registro de dois homicídios no ano de 2010.  Mas de nada adiantou trocar o letreiro, pois a violência é sempre o estopim para as mortes. Há pouco, um “flanelinha” foi morto com três tiros nas proximidades da casa noturna da Praça Santos Dumont, em Cuiabá e trouxe à tona novamente a mistura explosiva de sexo, drogas e violência.
 
Frequentadores não escondem o que acontece lá dentro. Em meio ao ritmo frenético do funk, tudo é liberado. Jovens mulheres são convidadas a se apresentam trajando apenas calcinha, meia calça e sutiã.  Com poses e gestos que fazem apologia ao sexo, as apresentações mais parecem shows eróticos como o striptease - quando a mulher fica nua durante a dança – as jovens usam e abusam da sexualidade com homens e com outras mulheres, conforme aponta a denúncia encaminha ao Portal de Notícias 24 Horas News.
 
 

Tem muita meninha lá, duvido que pai e mãe saibam que suas filhas andam fazendo isso. Tem muito veio (sic) que vai lá só pra passar a mão” - disse o denunciante.
 
Fotos e vídeos revelam um universo totalmente diferente aos tradicionais frequentadores da badalada Getúlio Vargas. Sem a presença efetiva das Policias Civil e Militar as festas fazem a alegria dos traficantes, que por meio dos “aviõezinhos” e os “caixas-baixas” pulverizam o comércio de drogas entre as casas noturnas da região.
 
O medo de uma explosão da violência, inclusive com tiros e mortes, como já aconteceu nas proximidades de várias casa noturnas de Cuiabá faz com que  trabalhadores sintam-se acuados e com medo de morrer. A mercê de um cenário onde a impunidade impera os empregados fecham os olhos para as atrocidades com medo de perderem seus respectivos empregos e sofrerem represálias.
 
A onda do “liberou geral” não tem passado desatenta em alguns casos. No começo do mês passado, após denuncia de 24 Horas News, o Juizado da Infância e Adolescência de Cuiabá interditou a casa noturna Espeto 10 Bar, localizada no bairro Tancredo Neves (CPA-3), por expor crianças e adolescentes à situação de extremo risco. A decisão partiu da juíza diretora do juizado, Cleuci Terezinha Chagas, que determinou ainda que as portas de entradas e saídas sejam lacradas pelo prazo máximo de 15 dias, conforme preceitua o Estatuto da Criança e Adolescentes. Caso o estabelecimento descumpra a ordem judicial, foi fixada multa diária de R$5 mil.
 
  






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