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Cidades
Sábado - 03 de Setembro de 2011 às 08:12
Por: Marcos Coutinho

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O delegado metropolitano, Clocy Hugueney, colocou seu cargo à disposição do governador Silval Barbosa, na tarde desta sexta-feira, fato que torna mais aguda a crise na Polícia Judiciária Civil, em greve desde a noite de quinta-feira. Fontes do setor de Segurança informaram ao Olhar Direto, há pouco, que a situação é crítica e há risco de os delegados se "rebelarem".

A gota d"água teria sido a transferência do delegado João Bosco para o município de Acorizal. O ato teria sido uma retaliação pelo fato de Bosco ter feito críticas ao modelo de segurança do governo.

O alvo das críticas é o diretor da PJC, Paulo Vilela, mas há insatisfações também com o comando da Segurança. Em gesto de rebeldia singular, João Bosco afirma que enquanto Vilela estiver comandando a corporação ele não retorna às suas atividades. Bem ao seu estilo, João Bosco disse alguns impropérios à reportagem sobre o quanto falta comando na PJC.

João Bosco informou à reportagem que irá gozar de seus direitos trabalhistas, que tem sido adiado há tempos por falta de alguém que pudesse substitui-lo. Ele tem direito a férias e duas licenças-prêmio de seis meses cada uma. No fim do descanso, caso Vilela ainda esteja na diretoria, ele irá dar entrada ao processo de aposentadoria.

“Com ele eu não trabalho mais”, enfatizou João Bosco, considerado um dos mais experientes investigadores da Polícia Civil. “Fica parecendo que Cuiabá não está precisando de delegado”, enfatizou. Além disso, ele afirma que não irá de jeito nenhum assumir a Delegacia de Acorizal, porque sabe que é mais útil aqui.

Aliás, para Bosco a transferência foi uma humilhação, um rebaixamento sem motivos, após os 36 anos de serviços prestados à Segurança. “É lamentável se chegar aonde chegamos, pedi apenas para que chegassem a um entendimento sobre a greve e fui rebaixado”, critica.

“Ele nunca fez um inquérito, pode até falar que passou pela delegacia de Roubos e Furtos, mas só passou no início da carreira. A partir do momento que o é diretor, ele tem responsabilidade, não pode agir assim”.

Hugueney, segundo fontes, também seria contra a permanência de Vilela e entede que o modelo precisa ser repensado. Ele teria sofrido um crise de estresse foi inclusive medicado.

 






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