Aumento para o Judiciário é inviável, diz relator do orçamento
O relator do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse neste sábado que considera inviável o aumento para os funcionários do Poder Judiciário e do Ministério Público. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff enviou a proposta de reajuste ao Congresso Nacional, mas alertou que o período é de incerteza econômica mundial.
Chinaglia disse que o impacto de R$ 7,7 bilhões causado pelo aumento dos salários prejudicaria a aplicação de recursos em outras áreas e o ajuste fiscal do governo. "O Congresso não esteve alheio a essa questão da crise, não é agora que vai estar. A prioridade é o equilíbrio fiscal."
Além disso, na opinião dele, a medida beneficiaria apenas uma parcela dos servidores públicos. "Eu não vejo possibilidade de beneficiar um só poder com todo este montante", disse o relator ao chegar ao 4º Congresso do PT, inaugurado ontem em Brasília.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse que o ideal seria que todas as categorias tivessem o poder de compra recuperado com o reajuste da inflação, mas até isso parece estar distante dos funcionários do Judiciário. "Não sei se nós teríamos condições hoje de reajustar (os salários) de acordo com a inflação, porque o valor é astronômico". No ano passado a inflação foi 5,9%.
Existem atualmente cinco projetos de reajuste para servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público Federal e dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
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