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Internacional
Domingo - 04 de Setembro de 2011 às 12:45

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A primeira usina nuclear iraniana foi conectada ao sistema nacional de energia elétrica neste fim de semana, segundo anunciou neste domingo a mídia estatal do país.

A usina de Bushehr estaria produzindo 60 megawatts para o sistema nacional, de sua capacidade total de mil megawatts, segundo as autoridades iranianas.

A unidade de geração de energia do reator começou a operar em baixa escala em maio, levando Israel e outras nações a expressar o temor de que o reator poderia ajudar o Irã a desenvolver armas nucleares.

O governo iraniano nega a intenção de desenvolver armamentos nucleares e afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos, para a produção de energia.

Na sexta-feira, porém, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) afirmou estar "crescentemente preocupada" com a possibilidade de o Irã estar trabalhando secretamente no desenvolvimento de componentes para um programa de armamentos nucleares.

ADIAMENTO

A Organização de Energia Atômica do Irã afirmou que a usina no sul do país foi conectada ao sistema nacional às 23h30 de sábado (16h de Brasília).

A conexão estava prevista inicialmente para o ano passado, mas os atrasos no desenvolvimento do reator provocaram o adiamento.

A construção da usina foi iniciada nos anos 1970 e posteriormente ficou abandonada entre a Revolução Islâmica, em 1979, e os anos 1990, quando o Irã firmou um acordo com a Rússia para finalizá-la.

Os Estados Unidos e outros países ocidentais pressionaram por muito tempo a Rússia a abandonar o projeto, afirmando que ele poderia ajudar o Irã a desenvolver armas nucleares, mas um acordo para o envio de combustível nuclear usado de volta à Rússia foi considerado suficiente para as autoridades em Moscou.

Em fevereiro, um relatório da AIEA obtido pela BBC afirmou que o Irã não estava "implementando uma série de obrigações" previstas em acordos internacionais relacionados à energia atômica.

Entre as obrigações estavam "o esclarecimento de questões pendentes que geraram preocupações sobre possíveis dimensões militares de seu programa nuclear".

A recusa do Irã em suspender seu programa de enriquecimento de urânio levou o Conselho de Segurança da ONU a estabelecer sanções ao país.

O urânio enriquecido pode ser usado como combustível para a geração de energia no reator, mas também poderia servir para a construção de bombas atômicas. 






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