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Internacional
Domingo - 04 de Setembro de 2011 às 16:03

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Reprodução

Pai do menino trabalha para o homem da foto; segundo ele, o garoto estava apenas dormindo

 
 

 

 
O menino africano que aparece em uma foto deitado no chão, supostamente morto, em frente a um homem com uma arma, está vivo e passa bem, segundo reportagem deste domingo no jornal sul-africano City Press. A foto, feita em 2008, estava no Facebook e foi divulgada no último dia 28 pela pela revista sul-africana "Sunday Times, com o título "Procura-se o racista do Facebook".

 

O pai do garoto, que não quis se identificar, disse que tudo não passou de uma brincadeira e que o menino está vivo e bem, nunca esteve em perigo e que nada de ruim aconteceu com ele.

A imagem aparecia no perfil de um usuário que usava o pseudônimo de Eugene Terrorblanche - nome inspirado no do falecido líder do partido ultradireitista sul-africano branco AWB (Movimento da Resistência Afrikaner), Eugene Terreblanche. A publicação da foto causou polêmica na África do Sul - país que durante quase meio século foi governado pelo regime segregacionista do Apartheid, que defendia a supremacia da raça branca, e que continua a lidar com fortes tensões raciais.

Segundo a revista Sunday Times, a polícia sul-africana está investigando a imagem. Desde que a notícia foi divulgada, o perfil de Eugene Terrorblanche desapareceu do Facebook.

O pai da criança trabalhou durante os últimos 14 anos como capataz em uma propriedade rural da família do homem da foto - que foi descrito por ele como "amável". Ele diz que o filho, aparentemente cansado, estava dormindo sobre a grama do sítio e o homem branco, que trazia uma arma para caçar pombos, pediu para fazer uma fotografia e sugeriu ao pai que colocasse a criança na sombra.

 

Louis Vertue, advogado do homem que aparece na foto, afirmou que seu cliente está preocupado com a repercussão da notícia e que não entende como a foto acabou nas mãos da imprensa.

- Se as pessoas que não sabem da verdadeira história o reconhecem [na rua], ele poderia estar correndo riscos. Ele não é um racista, como foi divulgado.





Fonte: EFE

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