Nesta semana, detentos espancaram outros três presos acusados de estupros dentro de uma cela e o único agente prisional que estava de plantão não pode fazer nada. Isso porque, as três celas da cadeia estão superlotadas e número de agentes é insuficientes para acompanhar os detentos. A capacidade é de 20 presos, mas hoje somam 45 pessoas. Trabalham apenas seis agentes prisionais na unidade, mas a cada 24 horas de plantão apenas um agente toma conta da cadeia.
“Nós trabalhamos sozinhos, fazemos a escolta dos presos”, conta o agente prisional, Júlio César Miranda. Essa condição, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso, João Batista Ferreira de Souza, põe em risco não só o servidor, mas a sociedade. “Não tem condição de trabalhar desta forma. Facilita na hora do resgate de presos, motim, rebelião e fuga”, acrescenta ele.
A estrutura é antiga, com 31 anos de existência. A segurança é precária, as viaturas estão em péssimas condições. Em nota, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos disse conhecer o problema e relata que um estudo está sendo elaborado para aumentar o número de agentes da cadeia. A transferência de presos do local também está em análise.
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