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Segunda - 05 de Setembro de 2011 às 13:54

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Criatividade, planejamento, coragem, vontade de crescer. Requisitos básicos para quem quer se tornar patrão e abrir o próprio negócio. De nada isso adianta se a pessoa não tiver dinheiro. Mas, segundo especialistas, nem sempre é preciso fazer grandes investimentos para virar empreendedor.

A dentista Patrícia Helena Pereira visa mudar de atividade profissional por causa do nascimento do filho Davi. Ela conta que quer se dedicar a um trabalho que permita acompanhar de perto o crescimento do filho. A alternativa foi começar a tocar o próprio negócio. Para isso, buscou ajuda de consultores.

"É um pouco difícil transformar sonho em realidade justamente pela imensidão de possibilidades. Então acho que é conversando com meu sócio e buscando informações, para poder decidir com clareza onde a gente vai investir", conta a dentista.

A realização do projeto depende do capital a ser investido. "Não existe hoje como montar um negócio sem ter investimento. Você tem de analisar o que quer abrir, quem é seu cliente, como e onde você vai trabalhar", explica a gerente de atendimento do Sebrae-MS, Leandra Costa.

Para não errar na hora de aplicar o capital, o empreendedor precisa ter planejamento e aproveitar todas as ideias para começar pequeno e crescer gradualmente. Foi com esse pensamento que Léo Wenóli resolveu apostar no negócio próprio.

O jovem empreendedor abriu uma loja no centro de Campo Grande para expor produtos relacionados ao tereré, mas o forte da empresa está nas vendas pela internet. A empresa começou há seis anos com um investimento de R$ 5 mil, e espera chegar ao final deste ano com faturamento de R$ 100 mil. "Não adianta você pensar que não vai errar. A gente erra sim, mas o interessante é saber que nosso erro também pode ser calculado", conta Wenóli.

O erro faz parte do negócio, segundo o economista Thiago Queiroz. Ele observa que é muito comum os novos empresários investirem todo o capital em equipamentos e produtos, deixando de pensar nos obstáculos que o negócio terá logo nos primeiros anos. "Dependendo do ramo de atividade, no mínimo 30% para capital de giro e 70% para equipamentos", afirma.

Quem vê a oficina mecânica do Jairo Poiatto bem estruturada, não imagina como o início foi difícil. Ao chegar em Campo Grande, há sete anos, ele tinha apenas uma maleta de ferramentas e R$ 1,5 mil. Ganhou emprestado o terreno do sogro e aos poucos foi fazendo o piso, as paredes, contratando funcionários. Tudo na base da economia. "Procurar não dar um passo errado, controlar as despesas. E uma coisa importante é a família estar do seu lado", conta o mecânico.

Vontade e visão estratégica são importantes, mas fica um alerta: o empresário precisa se identificar com a atividade em que pretende atuar. "O empresário de sucesso tem a felicidade reconhecida pelo rendimento dele", diz Leandra.

Além disso, não basta apenas abrir o negócio. É preciso que a empresa se mantenha firme no mercado. De cada quatro empresas abertas, uma encerra as atividades em menos de um ano, segundo o Sebrae-MS. Na maioria dos casos, as dívidas acabam sufocando o gestor. "Existem créditos bancários que são saudáveis para as empresas, mas você precisa montar primeiro porque o banco não libera crédito assim que você montar sua empresa", diz Queiroz






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