Paralisação do governo mostrou contrastes dos partidos, diz Obama

  De olho nas eleições de 2014, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, referiu-se à paralisação do governo neste mês como uma amostra das diferenças fundamentais entre democratas e republicanos, ao fazer um apelo por recursos de campanha a doadores ricos.

 

"A paralisação não era apenas por causa do setor de saúde, era algo como um contraste de visões sobre quais são nossas obrigações para com nossos concidadãos", disse o presidente em um evento para levantamento de fundos na cada de Karen Mehiel, na rica região nova-iorquina do Upper East Side.

Os republicanos estabeleceram a retirada de recursos para o programa de saúde de Obama como condição para continuar a custear as operações do governo, o que levou a uma paralisação parcial de serviços federais por 16 dias e deixou o país à beira do default (calote) da dívida.

Se quiser ver aprovado o Orçamento, a reforma da imigração e legislação agrícola este ano, como diz ser sua meta, o presidente tem de trabalhar com os republicanos, que controlam a Câmara dos Deputados.

Mas os comentários de Obama demonstram um esforço para tirar proveito da paralisação - que afetou os republicanos, segundo as pesquisas de opinião - e ajudar os democratas a ganhar terreno e, talvez, reverter a maioria republicana na Câmara.

Vários revezes que afetaram o lançamento do programa de saúde este mês poderiam prejudicar os democratas, mas Obama não mencionou essas dificuldades em seus breves comentários em outros eventos para levantar recursos de campanha.

Em vez disso, o presidente se concentrou em sua esperança de elevar as despesas em áreas como educação, reparo de estradas e pontes, que ele disse serem parte da visão do país que os democratas querem compartilhar.