Mulheres são 64% das pessoas que não sabem ler e escrever. Redução foi de apenas 0,4% entre 2008 e 2009.
Mundo tem 793 milhões de analfabetos, diz estudo da Unesco
Mais da metade dos analfabetos no mundo vive no sul e no oeste da Ásia, e 64% são mulheres, segundo dados do Instituto de Estatística da Unesco divulgados na segunda-feira (5). No lado oposto estão os países da Europa, América do Norte e da Ásia Central, que respondem juntos por menos de 2% da população analfabeta mundial. No total, 793 milhões de pessoas com mais de 15 anos não sabem ler, escrever e realizar contas simples.
Os dados são relativos a 2009 e foram coletados por meio do questionário anual da Unesco. Em relação a 2008, a redução no número de analfabetos foi de 3 milhões, ou 0,4%.
O Brasil, assim como quase toda a América Latina e Caribe, se manteve entre os países que possuem taxas de alfabetização entre 90% e 100%. De acordo com a Unesco, 4,6% dos analfabetos do mundo vivem na região, principalmente no Caribe.
Os países com taxas mais baixas, onde menos da metade da população sabe ler e escrever, são Benim, Burkina Fasso, Chade, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Haiti, Mali, Niger, Senegal e Serra Leoa.
A taxa de alfabetização global, em 2009, foi de 83,7%. Em relação apenas aos jovens – pessoas entre 15 e 24 anos – a taxa sobe para 89,3%. Essa faixa etária engloba 123,7 milhões de analfabetos em todo o mundo, sendo que 60% deles são do sexo feminino.
Objetivos do Milênio
Um dos Objetivos do Milênio, segundo as Nações Unidas, é a redução em 50% no número de analfabetos até 2015.
Em 2000, o mundo tinha 875 milhões de pessoas nesta situação. Passados nove anos, a redução foi de 82 milhões, muito aquém dos 437,5 milhões esperados para cumprir a meta.
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