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Internacional
Quarta - 07 de Setembro de 2011 às 22:58

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Os senadores italianos aprovaram nesta quarta-feira o plano de austeridade do governo de Silvio Berlusconi, que foi reforçado na véspera para tranquilizar os mercados após diversas mudanças.

Foram 165 votos a favor e 141 contra estas medidas de austeridade que totalizam 54,2 bilhões de euros até 2013.

Agora, o plano deverá ser aprovado definitivamente pelos deputados nos próximos dias, embora a data de votação ainda não tenha sido fixada.

A forma caótica como o governo de centro-direita de Berlusconi respondeu aos pedidos do BCE (Banco Central Europeu) --para ter planos claros e concretos para a dívida pública-- foi criticada internacionalmente.

PRESSÃO

Na noite de ontem, o governo italiano cedeu à pressão para que o pacote fosse mais sólido, aumentando o imposto sobre valor agregado, aumentando a idade de aposentadoria para mulheres do setor privado e introduzindo impostos sobre as grandes fortunas.

O governo da Itália prometeu elevar o imposto sobre valor agregado e introduzir uma emenda constitucional para equilibrar o Orçamento, enquanto centenas de milhares de pessoas entravam em greve contra o plano fiscal amplamente criticado.

Conforme a pressão do mercado sobre os bônus italianos aumentava, o governo de centro-direita do primeiro-ministro Silvio Berlusconi cedeu às demandas para fortalecer as medidas e equilibrar o Orçamento até 2013.

A alíquota do imposto sobre valor agregado irá de 20 para 21% e um imposto especial de 3% será cobrado sobre rendas acima de 500 mil euros, segundo comunicado do gabinete de Berlusconi.

O comunicado disse, ainda, que os ministros aprovarão a introdução de uma "regra dourada" de equilíbrio orçamentário e transferirão funções dos governos provinciais para os regionais, de modo a simplificar as administrações locais.

Outras mudanças atrasarão a aposentadoria de mulheres empregadas no setor privado a partir de 2014.

GREVE

Enquanto o governo fazia mudanças de último minuto no pacote fiscal, manifestantes protestavam ontem em cerca de cem cidades como parte de uma greve contra os cortes. A paralisação foi convocada pela maior união sindical da Itália, a CGIL.

Os protestos na Itália não se igualaram às manifestações dos "indignados" na Espanha ou às massas reunidas na praça Syntagma, em Atenas, mas a greve desta terça-feira expunha a raiva com os fardos impostos aos italianos durante mais de uma década de estagnação econômica.

"É errado pôr na mira pessoas como eu. Eu estou na linha de pobreza, só ganho mil euros por mês", disse Marco Vacca, de 49 anos, funcionário de uma lavanderia industrial que se juntou à manifestação de milhares em frente à estação ferroviária central de Roma.

A CGIL, que não foi seguida por outros sindicatos moderados, disse que cerca de 58 por cento dos trabalhadores estavam em greve nos setores afetados, número mais ou menos em linha com os registrados nos grandes protestos do ano passado.

Com Reuters






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