Emprego na indústria recua 0,1% em julho, aponta IBGE
O número de vagas criadas na indústria recuou 0,1% em julho em relação a junho, segundo a Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário), divulgada nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este é o segundo recuo consecutivo, mesmo com índices praticamente estáveis.
Na comparação com julho de 2010, o emprego industrial caiu 0,4%, enquanto no acumulado do ano (de janeiro a julho) houve crescimento de 1,7%.
O índice de média móvel trimestral do emprego industrial repetiu em julho o patamar do mês anterior, após apresentar estabilidade em maio.
O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) dos trabalhadores em julho apontou variação positiva, de 0,1%, ante avanço 0,3% em junho e 0,5%.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral mostrou acréscimo de 0,3% na passagem do trimestre encerrado em junho para julho, após dois meses seguidos de estabilidade.
Na relação com o mesmo período de 2010, o valor da folha de pagamento real avançou 1,3% em julho de 2011, 19ª taxa positiva consecutiva, e 4,9% no índice acumulado dos sete primeiros meses do ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, cresceu 6,3% em julho de 2011 e registrou a menor expansão desde novembro de 2010 (5,7%).
No índice mensal, o valor da folha de pagamento real apontou crescimento de 1,3% em julho de 2011, com resultados positivos em dez dos 14 locais pesquisados. A principal contribuição positiva sobre a média da indústria foi observada em São Paulo (2,6%), enquanto o impacto negativo mais relevante foi verificado no Rio de Janeiro (-14,6%).
HORA EXTRA
Em julho de 2011, descontados os efeitos sazonais, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria mostrou ligeira variação positiva (0,1%) frente ao mês imediatamente anterior, após recuar 0,6% em junho.
Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral assinalou variação negativa de 0,1% entre os trimestres encerrados em junho e julho, terceira queda consecutiva nesse tipo de indicador, período em que acumulou perda de 0,6%.
Nas comparações com iguais períodos do ano anterior, os resultados verificados foram positivos: 0,3% no índice mensal de julho de 2011 e 1,4% no acumulado dos sete primeiros meses do ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, apontou expansão de 2,7% em julho de 2011 e manteve a trajetória decrescente iniciada em fevereiro de 2011 (4,5%).
SETORES
Setorialmente, ainda no índice mensal, o emprego industrial avançou em 11 dos 18 ramos verificados, com destaque para alimentos e bebidas (3,5%), meios de transporte (6,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,3%), outros produtos da indústria de transformação (4,2%), metalurgia básica (4,1%) e máquinas e equipamentos (1,6%).
Em baixa, ficaram os setores de papel e gráfica (-9,6%), vestuário (-4,7%), calçados e couro (-6,3%) e madeira (-10,4%) exerceram os principais impactos negativos.
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