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Cidades
Sexta - 09 de Setembro de 2011 às 18:09
Por: Julia Munhoz/Lucas Bólico

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Arquivo Pessoal

O procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra, afirmou há pouco, em entrevista coletiva à imprensa, que a estudante Eiko Uemura cometeu mesmo suicídio e manteve o arquivamento do caso. "Os indícios apresentados são de suicídio. Não há elementos suficientes para dar início a uma ação penal pelo crime de homicídio", afirmou.

Este é o posicionamento final da Procuradoria quanto ao caso Eiko. A morte da jovem, sobrinha do empresário Júlio Uemura, ocorreu em 2009. Em janeiro deste ano, o Ministério Público Estadual (MPE) já havia pedido o arquivamento do processo e confirmou a tese de suicídio, conforme o primeiro relatório elaborado pelo delegado João Bosco, concluído em maio do ano passado.

O corpo da estudante chegou a ser exumado e em seguida levantou-se a tese de homicídio. O delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na época, Márcio Pieroni, assumiu as investigações e chegou a pedir a prisão do advogado e amante de Eiko, Sebastião Carlos Araújo do Prado, sob a acusação de ser o mandante do crime.

Porém Ferra pontuou que, conforme parecer técnico do professor doutro Luiz Carlos Galvão, a hipótese de que o corpo de Eiko foi jogado do Portão do Inferno já sem vida foi totalmente descartada. “No laudo técnico não há qualquer chance dessa tese levantada pela autoridade policial de que o corpo caiu morto”, ressaltou.

De acordo com a análise do professor, que é doutor da Universidade Federal da Bahia, a luxação e a fratura cervical constados nos laudos referentes à morte da estudante aparecem nas situações em que o indivíduo cai na posição de pé. “Os ferimentos que houveram são o que a gente chama de ferimento de reflexo. Não foi ferimento diretamente atingido, que bateu no pé e atinge a nuca”, explicou Luiz Carlos.

Outro fator que ressaltaria a tese foi de um bilhete deixado por Eiko no qual ela utilizava o tempo verbal no passado, o que caracteriza o suicídio. Além de um exame grafotécnico que confirmou o fato de a carta ter sido escrita pela estudante.
 






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