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Política
Sábado - 10 de Setembro de 2011 às 11:36

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A auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) nos órgãos do Ministério dos Transportes apontou indícios de graves irregularidades na superintendência do Dnit no Rio Grande do Sul, um reduto do PT.

Segundo a CGU, licitações realizadas entre 2008 e 2009 para obras de conservação de rodovias no Estado, que somam cerca de R$ 710 milhões, têm "indícios de direcionamento e possível alinhamento de preços entre as empresas" concorrentes.

As obras foram divididas em 25 lotes. Segundo a CGU, em apenas dois deles o desconto oferecido pela empresa vencedora da concorrência foi superior a 5%.

Na maior parte dos casos, afirma a CGU, o desconto não passou de 2% do preço máximo. Além disso, a Controladoria-Geral da União constatou que grande parte das empresas participantes tinha sócios comuns entre elas e parentes como associados.

O órgão de controle também encontrou indícios de pagamento indevido de R$ 3,6 milhões em três lotes das obras.

INFLUÊNCIA

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Rio Grande do Sul estava sob influência de Hideraldo Caron, ex-diretor de Infraestrutura Rodoviária do órgão que foi indicado pelo PT.

Caron foi exonerado neste ano, depois que estourou a crise nos Transportes.

O superintendente do Dnit no Rio Grande do Sul, Vladimir Casa, que já estava na superintendência em 2008, informou que os procedimentos para a licitação foram corretos.

Ele afirmou, ainda, que não tem como evitar que empresas possam combinar preços para obras. "Nossa parte foi feita com correção", disse o superintendente.

Sobre os problemas nas obras, Casa afirmou que é normal auditorias apontarem problemas. Mas disse que "entre 80% e 90% dos problemas são esclarecidos" pelo órgão.

A Folha tentou falar com Caron, sem sucesso. 






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